Então, depois de passar alguns meses torturantes de trabalhos forçados absurdos e desumanos, vou tentar resumir um pouco alguns textos que pensei neste tempo mas que não tive tempo e/ou energia para escrevê-los.
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A vida no subte
A vida no subte acho que não difere muito de uma cidade para outra. O metrô do Rio tem o mesmo problema que o daqui: muita gente ao mesmo tempo agora.
Enfim...
Para contornar um pouco esse incômodo, eu leio sempre um livro na viagem. Sempre em pé porque, embora morasse perto da penúltima estação e, portanto, só deveria haver o pessoal de uma estação antes de eu entrar no trem, eu nunca consegui me sentar.
No outro dia, estava tranqüilamente lendo o meu lilvro e noto que uma menina de uns seis anos está sentada com sua mãe perto de mim. Ela não parava de se mexer, olhando de um lado para o outro e eu não conseguia tirar os olhos dela.
Não, não desenvolvi nenhuma tara pedófila. A criança simplesmente brilhava em meio à escuridão que era aquela gente do metrô. Enquanto todos estavam quietos, com uma expressão vazia no rosto e um ar de resignação exalando pelos poros, ela simplesmente se maravilhava com tudo ao seu redor.
Foi um pouco impactante perceber como as pessoas – incluindo eu mesmo – se afogam nas suas rotinas diárias e nem percebem. Como somos capazes de simplesmente passar por partes da vida como se alguém tivesse apertado o FastFoward ou o roteirista tivesse dado um corte de cena e você estivesse simplesmente se dirigindo para a próxima cena relevante a ser gravada do filme da sua vida.
Fato é que a menininha simplesmente achava tudo muito interessante e se recusava a passar por aquele momento como se fosse apenas uma espera para o próximo momento a acontecer. Claro que tudo é incosciente para ela, mas não deixa de ser interessante de ser notado.
Depois de pensar algumas estações sobre isso, a menina desceu e eu voltei àquele mundo acinzentado dos adultos à caminho da próxima cena relevante da vida. Tinha suspendido de novo meu livro e voltado a ler quando percebi a senhora sentada na minha frente com um olhar um pouco espantado.
“Será que depois de velhos nósvoltamos a nos interessar pelos pequeno momentos da vida?” Então notei que ela olhava com certa atenção e sem querer olhar ao mesmo tempo para a capa do meu livro.
Virei a capa e li em espanhol o título “Erecciones, eyaculaciones, exhibiciones”, do Bukowski, e via o desenho de uma mulher pelada com os peitos destacados.
Dou de ombros e volto a ler.
Acho que fiz minha parte para tornar o mundo melhor e tirei a senhora do seu marasmo cotidiano.
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Esse era pra ser pro Chimi em um dado momento que não existe mais e, se tudo der certo, nunca mais vai voltar.
Então, nesse momento, ele deve ser um tanto quanto brega e desencontrado. Antes era só brega.
Maybe I didn't treat you, quite as good as I should have.
Maybe I didn't love you, quite as often as I could have.
Little things I should have said and done,
I just never took the time.
You were always on my mind, You were always on my mind
You were always on my mind.
Maybe I didn't hold you, all those lonely, lonely times.
And I guess I never told you, I'm so happy that you're mine.
If I made you feel second best, girl I'm so sorry I was blind.
You were always on my mind, You were always on my mind
You were always on my mind.
Tell me......, tell me that your sweet love hasn't died.
Give me......, give me one more chance to keep you satisfied, satisfied.
Middleplay
Little things I should have said and done, I just never took the time....
You were always on my mind, You were always on my mind
You were always on my mind.
Middleplay Only basspick the chord fast
Maybe I didn't treat you, quite as good as I should have.
Maybe I didn't love you, quite as often as I could have.
Maybe I didn't hold you, all those lonely, lonely times.
And I guess I never told you, I'm so happy that you're mine.
So happy that you're mine.
A versão do Elvis, tá. Não a do Pet Shop Boys.
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Às vezes fico com a impressão de que se eu desse um Ctrl+C / Ctrl+V nos meus dias de trabalho, ia dar no mesmo.
Merda!
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Tá e o que significa o título deste post?
Sei lá!
Eu tava passando pela rua quando vi isso pixado como um manifesto político na parede de uma casa velha.
Quem sou eu para questionar o senso político argentino? Eu só passo adiante.