quinta-feira, julho 15, 2010

A Fúria e o Perdão dos Deuses

Depois de achar que eu sou baitola, o Google resolveu desatar sua fúria sobre mim e me expulsou do Jardim do Éden. Isso mesmo, fiquei uma semana sem minha conta dos deuses.

O que aconteceu? Até agora não sei. Fui acusado de violar os termos e serviços do Google e por isso estava para sempre relegado a este mundo vil e sem aplicativos grátis que é a internet fora da terra prometida.

Com não sou spammer, não repasso (propositalmente) vírus ou propagandas de como deixar seu pênis maior e de viagra, tenho certeza que a fúria dos deuses era injustificada para com minha pobre pessoa, uma pessoa temente aos deuses do olimpo googliano.

Fato é que Eles não escutaram meus perdões, minhas orações meus sacrifícios de pombas e outros animais; tentei reclamar por todas as vias possíveis, mas nada de respostas.

Assim que resolvi apelar aos protegidos dos deuses: seus sacerdotes-trabalhadores. Falei com dois amigos que trabalham/já trabalharam para os deuses e implorei por ajuda. Os dois avisaram que os deuses eram muito temperamentais e que poderia ser difícil, mas que continuasse com as orações e tivesse fé.

Devo admitir que passada uma semana, minha fé estava mais do que abalada. Essa história de que é tudo grátis, os deuses te amam simplesmente porque sim e que vocês está seguro nas suas mãos me parecia uma balela sem tamanho.

Estava sem meu ê-mala (e com isso todos os meus contatos, freelas, informações importantes que guardo, fotos etc), sem meu blog (este que vos fala de 6 anos), sem meu picasa, sem meus docs, sem meu analytics, meu yOrgut... Minha vida eu tinha depositado na mão dos deuses – que guardaram tudo na tal da nuvem – e eles me tomaram tudo. Por capricho.

Choramingando minhas mágoas e o abandono dos deuses para com a minha pessoa com uma amiga, ela me pediu o login e disse que já voltava. Cinco minutos depois, ela me avisa que minha conta está de volta a funcionar.

Mas como? Ainda não sei. O que eu tinha feito de errado? Também não sei. Minha conta agora está segura? Também não sei. Só sei que recuperei tudo. TUDO. E a primeira coisa que estou fazendo é transferir tudo para outras contas em outros sites. Meu gmail manda uma cópia para uma conta paga e todos os ê-malas serão baixados no outlook lá de casa, baixei todas as fotos do picasa e meu blog está indo pro wordpress. Então esse é meu último post pelo blogger, depois de 6 anos; se os deuses não acreditam em mim, eu não acredito nos deuses.



Moral da história 1: Não confiem (totalemente) nos deuses internéticos. Tenha todos os seus arquivos e aplicativos online, mas tenha SEMPRE um back up físico, na sua mão.

Moral da história 2: Conheçam a Maria Bernal que ela é foda!

Moral da história 3: Te vejo no wordpress: chiquitomigrana.wordpress.com

segunda-feira, maio 31, 2010

segunda-feira, maio 10, 2010

Para onde vão as meias

Recentemente descobri que o meu teclado do trabalho estava escrevendo 6 toda vez que eu apertava a tecla do 5. Uma virada do mesmo de cabeça para baixo foi o suficiente para perceber que o problema era sujeira.

Agora, foi incrível a quantidade de restos de biscoito, de cílios, cabelos e mais outras coisas não identificadas que saíram de dentro do troço. Era impossível que estivesse tudo ali dentro, naquele espaço de meros 2 centímetros de espessura.

Mas a verdade é que eu aprendi a não subestimar a capacidade de armazenamento de sujeira de certas coisas no mundo. O teclado tem vários amigos nesta categoria, como o conector do celular para o carregador, unhas, umbigos, livros, aparelhos de ar condicionado etc.

Mas nada no mundo – NA-DA – rivaliza mais com o teclado do que o ouvido. Os dois realmente aparentam não ter tanto espaço assim, mas ele se multiplica toda vez que você vai limpá-lo. Eu, particularmente, nunca fez aquela limpeza do ouvido no otorrino, mas dizem que é incrível.

O seu moço começa a enfiar um líquido orelha adentro e quando você acha que não cabe mais, ele continua e continua e continua e continua. Mas bizarro mesmo é na hora de sair, que, pela quantidade, dá a impressão que tá escorrendo seu cérebro liquefeito junto. São litros de líquido com sujeira de todas as merdas que você escuta ao longo dos seus dias (piadas do Faustão, Lady Gaga, torcedor botafoguista etc) solidificadas em cera.

Cara, parece tão grande que dá até pra se perder lá dentro. Vai ver é pra lá que vão as meias que somem e acabam sem pares...

quarta-feira, março 17, 2010

Controle é pra quem pode

Un intento en español.

Controle é pra quem pode. Eu não posso.

Como celular tocando. Eu odeio celular e preferia mil vezes não ter essa merda comigo. Mas tenho que ter, não tenho escolha. Ele vive tocando nos momentos mais inconvenientes, atrapalhando minha vida. Adora tocar quando estou em reunião, entrando num ônibus, ou quando estou praticando intimidade com a metade-cara [essa geralmente é minha mãe – não sei como, mas ela tem um faro pra essas coisas].

Você poderia dizer “ah, então é só não atender ao bicho”. Mas fala sério, eu não consigo deixar de atender aquela merda. O tamagotchi ali falando que tá com fome e eu fingindo que não é comigo? Não dá...

Outra coisa, e é o que eu mais odeio, é a cartinha do outlook no canto da barra de tarefas do computador avisando que chegou um ê-mala novo. Cara, chegou um ê-mala novo, eu nem penso mais, já abro diretamente. Paro o que for pra ver o ê-mala novo. Quer me impedir de trabalhar, passa o dia me mandando ê-mala a cada 10 segundos.

Mas o pior é que eu pus uma regra no outlook que determinados ê-malas inúteis, mas que eu tenho que receber, saem do inbox diretamente pra uma pasta e ficam como lidas. Só que a merda da cartinha no canto da barra de tarefas não entede isso e fica apontando que tem ê-mala nova.

Aí mesmo que eu fico maluco! Porque EU SEI que não chegou ê-mala novo, mas sempre duvido de mim mesmo [ou não resisto à compulsão, um dos dois] e vou lá no outlook conferir se chegou um novo ê-mala. E não chegou. Esse é o momento em que IMPLORO pra alguém me mandar um ê-mala novo, só pra tirar a maldita cartinha do canto da barra de tarefas de lá.

Fuck Bill Gates!

segunda-feira, março 15, 2010

Pé baitola

Como diriam os filósofos da minha família, “gosto é que nem cú, cada um tem o seu e ninguém mete o dedo no meu”. E sim, o cú é com acento mesmo que é um cu diferente, dito com mais ênfase, sabe?

Voltando, gosto é de cada um. Eu, particularmente, não gosto de várias músicas que a metade-cara gosta, mas eu acabo escutando.

E é nesse momento que eu fico puto com o meu pé.

Eu sou daqueles que não sabem dançar e que fica sempre um paramédico na beira da pista de dança toda vez que eu vou lá só pra caso de nessa vez ser realmente um ataque epiléptico.

Mas, em dias mais contidos ou com menos álcool, eu tendo a ficar sentado no meu canto. E é nessa hora que meu pé toma vida própria.

Antes que eu perceba, lá está ele marcando o ritmo da música tocando. Ele é muito atento e tem uma noção de ritmo muito melhor do que eu. Tenho até que ter umas aulas com ele, nesse sentido.

Até aí, tudo bem. É uma festinha, é uma boate, é um bar – não tem nada demais em ficar marcando o ritmo com o pé.

Mas é no momento em que toca uma música ruim que ele me desgraça. Quando a Carol vai lá e coloca aquele bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e eu fico fazendo toda a minha cara de nojo e descontento, lanço meu discurso sobre o quanto me desgosta isso aí, que o maldito vai e começa marcar o ritmo.

Ele me entrega!

Sacanagem!

Eu sinceramente não estou gostando da merda da música mas ele não para de marcar o ritmo. Me desmente na frente de todo mundo, me faz de enrustido e ainda me entrega de viado!

Porra! Podia pelo menos escolher umas músicas menos “alegres” pra fazer isso.

Sinto que o meu pé é que nem o Kevin Kline em "Será que ele é" - não que eu seja, mas o meu pé também não consegue se controlar quando a música toca.



Sacanagem!

Não tem nada pior pra acabar com pose de machão de um cara que um pé baitola.

Só homem que gosta de cachorro quando vê um cão. Mas isso já é outra história...


*****

Un intento en español


Pie maricón

Como dicen los filósofos de mi familia, “gusto es como culo, cada uno tiene el suyo y nadie mete el dedo en el mío”.

Gusto es de uno. Yo, particularmente, a mi no me gustan a varias músicas que a mi mitad-cara le gusta, pero siempre las escuchamos.

Y es en ese momento que me caliento com mi pie.

Soy de estos que no saben bailar y que está siempre un paramédico el boliche siempre y cuando voy allí por el caso de que esa vez ser realmente un ataque epiléptico.

Pero, en días más reprimidos o con menos alcohol, yo suelo quedarme sentado en mi rincón. Y es en esa hora que mi pata crea vida propia.

Antes que me dé cuenta, ahí está ella marcando el ritmo de la música que toca. Ella es muy atenta y tiene más ritmo que yo. Tengo que tomar unas clases con ella.

Hasta este punto, todo bien. Es una fiestita, es un boliche, es un bar – no pasa nada marcar el ritmo con el pie.

Pero es en el momento en lo cual empieza um tema malísimo que él es mi desgracia. Cuando Caro pone esto bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e yo me quedo con toda esta cara de asco y enojo, arranco con mi discurso sobre lo tanto que a mi no me gusta nada de eso, que la maldita pata empieza marcar el ritmo.

Ella me entrega!

Maldita!

A mi sinceramente no me está gostando la mierda de la música pero ella no para de marcar el ritmo. Me desmente frente a toda la gente y, por encima, me pone de maricas!

Fuck! Podía al menos elegir uns temas menos “alegres” para eso.

Siento que mi pata es como Kevin Kline en "In & Out" - no que yo sea maricón, pero mi pie también no logra controlarse cuando la música empieza.



Maldita!

No hay nada peor para acabar con pose de macho de un hombre que una pie maricón.

quinta-feira, março 11, 2010

O Beavis & Butthead interno

Não sei se é algo exclusivo meu – e, por extensão, dos meus amigos – mas acredito que seja algo por que todos deveriam passar às vezes, só pra liberar um pouco do estresse e da quantidade de besteiras que carregamos na cachola.

Sabe o momento em que você está conversando com seus amigos e começam a falar besteira? Aí você solta um tema com uma coisa boba e outro amigo continua e dá corda? Aí vai um terceiro e depois um quarto?

Bom, isso é, na verdade, um ataque de bobeira coletivo. Mas, o que eu acho engraçado nesse momento são as risadas. Porque ficamos exatamente igual a Beavis & Butthead, com aquela risada retardada entre cada coisa que falamos.

-Hehehe. A gente tá rindo que nem Beavis & Butthead. Hehehehe.
-Hahaha. É mesmo. Hahahaha.
-Hihihi. Só falta a gente sentar no sofá em frente à TV. Hihihi.
-Heheheh. Isso! Ou tirar as calças e colocar a camisa sobre a cabeça dentro de um avião gritando que somos o “Cornolho” e que queremos o seu “bunghole” enquanto atacamos o piloto. Hehehehe.
-Hahahha. É mesmo. Hahahha [tem sempre um que só fica falando “é mesmo” => drongo]

Enfim, deu pra ter uma idéia, né?

Eu tenho alguns amigos que sempre que a gente se encontra rola uns papos assim. Ainda mais regados de álcool.

A questão é que meu exílio meio que me afastou do convívio dessas pessoas. E ter esse momento em outra língua que você ainda está tentando dominar é que nem girar suas mãos ao lado da cabeça cada um num sentido; um em sentido horário e outro em sentido anti-horário. Complicado...

[-Hahaha. Que nem beijar cotovelo. Hahahha.
-Hehehe. Que nem chupar manga e assoviar ao mesmo tempo. Hehehe.
-Hihihi. É mesmo. Hihihi.]

Bom, para contornar este meu problema lost in translation [Hahahaha. “Lip my sock.” Hahahah. Hihihi. É mesmo. Hihihi.], alguns amigos tiveram a bondade de criar um grupo de ê-malas para podermos manter estes tipos de discussões de alto nível: updateintestinal.

Sim, nós falamos sobre isso mesmo que parece que falamos. Nós precisávamos de algo que incitasse o início das conversas. E, além do que, se é pra falar merda, que comecemos pelo sentido mais literal da expressão.

Não vou dizer que é o mesmo que fazer ao vivo, mas dá para dar boas gargalhadas na frente do computador. Isso dá.

EU RECOMENDO!

*****


Intento de escrivir en español

El Beavis & Butthead interno

No sé si es como exclusivo de mi persona – y, obvio, de mis amigos – pero creo que sea una cosa por la cual todos deberian pasar a veces, solo para libertarse un poco del estrés y de la cantidad de boludezes que llevamos en la cabeza.

Te ubicas el momento en lo cual uno está charlando con sus amigos y empiezan a hablar tonterías? Inmediatamente vos arrancás con un tema tonto y otro amigo sigue y pone más onda en la charla? Entonces un tercero arranca y despues un cuarto?

Bien, esso es, en realidad, un ataque de boludez colectivo. Mas, lo que ami me parece gracioso en esse momento son las carcajadas. Porque lucimos exactamente igual a Beavis & Butthead, con essa risada tarada entre cada palabra que hablamos.

-Jejeje. Estamos carcajando igual a Beavis & Butthead. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja.
-Jijiji. Ahora solo falta que sentemos en un sillón frente a la TV. Jijiji.
-Jejeje. Esso es! O sacar los pantalones y colgar la remera en la cabeza dentro de un avión gritando que somos el “Cornollo” y que deseamos el “bunghole” de la gente mientras atacamos al piloto. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja [hay siempre uno que habla solo “esso es” => zapallo]

Finalmente, uno ya se dió cuenta de que hablo, ¿no?

Yo tengo algunos amigos que siempre que nos vemos arrancamos con estas charlas dementes. Todavía más si llenos de alcohol.

El tema es que mi exílio como que se me dificultó el convivir de essa gente. Y intentar hacer lo mismo en otra lengua que uno todavía intenta dominar es como girar las manos al lado de la cabeza cada una a un sentido; una en sentido horario y la otro en sentido anti-horario. Complicado...

[-Jajaja. Como besar el codo. Jajaja.
-Jejeje. Como chupar manga y silbar al mismo tiempo. Jejeje.
-Jijiji. Esso es. Jijiji.]

Bien, para contornar este tema lost in translation [Jajaja. “Lip my sock.” Jajaja. Jijiji. Esso es. Jijiji.], unos amigos tuvieron la buena onda de crear un grupo de mails para mantenermos estas clases de discusiones de alto nivel: updateintestinal.

Sí, hablamos de esso mismo que parece que hablamos. Necesitávamos de algo que estimulara el comienzo de las charlas. Y, además, si es para hablar mierda, que empiezemos por lo sentido más literal de la expresión.

No puedo decir que es lo mismo que hablar en vivo, pero uno puede carcajar bastante frente a la computadora. Esso es.


LO RECOMENDO!

terça-feira, março 09, 2010

Gordo não, gordinho

Ser gordo e ser gordinho são coisas completamente distintas.

Eu, por exemplo, estou meio gordo, mas sou totalmente gordinho.

Gordo é um estado físico, uma forma geométrica, massa vezes a aceleração da gravidade ao quadrado sobre a balança.

Gordinho é um estado de espírito, é um traço de personalidade, é um estado do ser.

É pensar “o que vou fazer pra janta hoje?” e começar a babar com as possibilidades às 3h da tarde, logo depois do almoço.

É ter dois estômagos: um pra refeição e outro pra sobremesa.

É odiar encontrar uma metadinha no saco de pão porque sabe que isso não se faz e pão de verdade é pão inteiro.

É ter certeza que biscoito quebrado não engorda, simplesmente porque não é biscoito de verdade [vide acima].

É pedir jantares de aniversário. Sim, no plural.

É assistir a Super Size Me e bater a maior vontade de comer no McDonald’s.

É, quando criança, colocar o chiclete que tá mastigando num copo com açúcar dentro da geladeira pra poder almoçar e depois pegá-lo de volta pra continuar mastigando.

É definir por número de fatias de pizza o quanto que valeu a pena ir a um rodízio e não num a la carte.

É saber com certeza absoluta que ir num restaurante serve-serve definitivamente não vale a pena.

É, quando alguém perguntar o que vocês sente falta do seu país, responder com uma lista de comidas e refeições completas.

É lembrar das datas festivas pelos pratos comidos.

Enfim, é saber que não só um homem que se conquista pela barriga, mas qualquer gordinho no mundo. E vivam os gordinhos!




*****

Intento de una versión en español



Gordo no, gordicho

Ser gordo y ser gordicho son cosas completamente distintas.

Yo, por ejemplo, estoy como gordo, pero soy totalmente gordicho.

Gordo es un estado físico, una forma geométrica, masa vezes la aceleración de la gravidad al quadrado sobre la balanza.

Gordicho es un estado de espírito, es un rasgo de personalidad, es un estado del ser.

Es pensar “qué voy a hacer para la cena hoy?” y empezar a babear con las possibilidades a las 3h de la tarde, luego de almozar.

Es ter dos panzas: una para la comida y otra para el postre.

Es odiar encontrar una mitad pan porque sabe que esso no se hace a uno y que pan de verdad es pan entero.

Es estar seguro de que galletas rotas no engordan, simplemente porque no es galleta de verdad [vide arriba].

Es pedir cenas de cumple. Sí, plural.

Es ver a Super Size Me y le agarrar la mais grande gana de comer en McDonald’s.

Es, en cuanto niño, poner el chicle que está masticando en un vaso con azucar dentro de la heladera para ir a almozar y despues buscarlo de vuelta para continuar mascando.

Es definir por número de trozos de pizza lo quanto que valeu la pene ir a la pizza libre y no a un a la carte.

Es, cuando alguien preguntar o que uno extraña de su país, constetar con una lista de comidas y platos completos.

Es se acordar de las fechas festivas por las comidas.

Finalmente, es saber que no es solo un hombre que se conquista por la panza, sí cualquier gordicho en el mundo.

sexta-feira, março 05, 2010

Piada veeeeeelha...

Por que os portugueses gostam de deixar o bigode grande?

Pra ficarem parecidos com suas mães.

Rá.

Só pra aproveitar matéria ridícula sobre assunto ridículo sobre os patrícios: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1515972-17852,00-GRUPO+LANCA+CAMPANHA+POR+PORTUGAL+DE+BIGODES+NA+COPA+DO+MUNDO.html

quinta-feira, março 04, 2010

Prepare to evacuate soul in 10, 9...

Cara, acho que meu momento atual já deu.

Se fosse um seriado, personagens morreriam, surgiriam outros e ao invés de haver flashbacks, haveriam flashfowards.

Essa fórmula se esgotou. Tá na hora de uma outra fórmula. Estou procurando. Mas, como não sei o que fazer, acho que vou apenas torcar de cenário e manter a fórmula apenas com uma repaginada.

Ou, vou visitar o mesmo estilo, dando uma nova versao para um mesmo tema.

Enquanto isso, sinto que minha alma se esvai aos poucos.

"We are the middle children of history, raised by television to believe that someday we'll be millionaires and movie stars and rock stars, but we won't. And we're just learning this fact. So don't fuck with us."

quarta-feira, março 03, 2010

Que irado!

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

AA! UU! AA! UU!

AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!

Eu como, eu durmo
Eu durmo, eu como
Eu como, eu durmo
Eu durmo, eu como...

Está na hora de acordar
Está na hora de deitar
Está na hora de almoçar
Está na hora de jantar...(2x)

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!

Estou ficando cego
De tanto enxergar
Estou ficando surdo
De tanto escutar...(2x)

AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!

Não como, não durmo
Não durmo, não como
Não como, não durmo
Não durmo, não como...

Está na hora de acordar
Está na hora de deitar
Está na hora de almoçar
Está na hora de jantar...(2x)

AA! UU! AA! UU!
AA! UU! AA! UU!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Guerrilha literária

Estava dando uma arrumada nos livros na estante e percebi que praticamente todos estão meio que “machucados”. Alguns têm dobras nas páginas e até na capa, outros estão amassados ou com marcas de que alguém [eu] o usou como mesa pra escrever em cima, vários com marcas variadas de alguma comida ou bebida que caiu nele.

Será que eu sou tão descuidado assim com algo que eu gosto e prezo tanto? Eu adoro meus livros, adoro ter uma mini-biblioteca e amo ler. Como posso tratar tão mal algo que gosto tanto?

Ao ir na minha mochila para buscar o livro que estou lendo atualmente, percebi que, embora tenha apenas umas poucas semanas na minha mão, ele já tem dobrinhas nos cantos das páginas.

Então me dei conta do que aconteceu: eu não costumo ler livro sentado no meu escritório em casa, numa poltrona na sala ou numa rede na varanda [ok, a rede na varanda às vezes sim].

Eu leio livros a caminho dos lugares, os devoro na rua, numa fila, no banheiro. Pra mim, a leitura é uma guerrilha, um ataque e uma fuga, mas sempre buscando o combate nos momentos mais inesperados e, no entanto, mais bem-vindos.

Ele é minha arma na fuga do cotidiano chato nos momentos em que a rotina mais ataca a minha paciência. O guardo na minha mochila como parte do meu equipamento de sobrevivência contr ao mundo.

Então, meus livros terem cara de super-usados, estarem “machucados” e gastos é o maior elogio que podia fazer a eles. Para mim, é realmente demonstrar o quanto eles são importantes para mim. São meu tesouro.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Não tenho muito o que dizer hoje

- Tristeza é fácil, felicidade dá trabalho.

- Geralmente trabalho das 7h às 15h, mas quando tenho que trabalhar das 9h às 18h, chega às 16h e o tempo pára. Simplesmente pára. E leva uma eternidade para passar. Acho que das 16h às 17h é a hora mais demorada do mundo.

Diálogo irado de Sem Destino

Jack Nicholson (George Hanson), Billy (Dennis Hopper) e Peter Fonda (Wyatt "Capitão América") ao redor do fogo depois de serem enxotados de uma cidadezinha sulista do interior, em Easy Rider.


George Hanson: You know, this used to be a helluva good country. I can't understand what's gone wrong with it.

Billy: Man, everybody got chicken, that's what happened. Hey, we can't even get into like, a second-rate hotel, I mean, a second-rate motel, you dig? They think we're gonna cut their throat or somethin'. They're scared, man.

George Hanson: They're not scared of you. They're scared of what you represent to 'em.

Billy: Hey, man. All we represent to them, man, is somebody who needs a haircut.

George Hanson: Oh, no. What you represent to them is freedom.

Billy: What the hell is wrong with freedom? That's what it's all about.

George Hanson: Oh, yeah, that's right. That's what's it's all about, all right. But talkin' about it and bein' it, that's two different things. I mean, it's real hard to be free when you are bought and sold in the marketplace. Of course, don't ever tell anybody that they're not free, 'cause then they're gonna get real busy killin' and maimin' to prove to you that they are. Oh, yeah, they're gonna talk to you, and talk to you, and talk to you about individual freedom. But they see a free individual, it's gonna scare 'em.

Billy: Well, it don't make 'em runnin' scared.

George Hanson: No, it makes 'em dangerous. Buh, neh! Neh! Neh! Neh! Swamp!

Foda.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Minha irmã de 2 anos

Minha irmã de dois anos passou uma semana com a gente aqui em casa.

Ela ficou com ciúmes do Chimi, o cachorro. Ele ficou com ciúmes dela.

Ela resolveu que a melhor parte do dia dela era quando eu chegava em casa. Eu me derreti por ela. Ela me deixou arrasado de cansado.

Ela expulsou os pais de uma cama de casal para ter espaço para dormir confortavelmente. Eles dormiram mal.

Ela começou a aprender a dizer quando tem vontade de ir ao banheiro. Ela encontrou um lugar na casa onde ir reservadamente para fazer seu pops na fralda.

Ela me levou pra conhecer este lugar e fazermos pops juntos. Eu fingi.

Ela foi embora e deixou um vazio aqui em casa. Ficamos aliviados por podermos relaxar um pouco. Ficamos tristes porque não temos um desses nosso pra gente brincar.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Me engana que eu preciso

Recebi recentemente um e-mail do presidente da empresa lá dos Estates sobre o desempenho da empresa. Uma forma de compartilhar com todos os funcionários como “fomos” no último ano.

Resumindo, a empresa nunca foi tão bem, nunca ganhou tanto dinheiro, a divisão da América Latrina se destacou fazendo muita grana e “estamos todos” muito felizes por estes resultados.

Agora, por que me mandaram esse e-mail? Sacanagem! Desde agosto que a empresa assinou um acordo com o sindicato da catigoria para um aumento de salário que até agora não entrou na conta de ninguém.

Enquanto a inflação real na Argentina passa os 25% por ano, nosso salário aumentou 0,3% no ano passado. O que já era pequeno, ficou ridículo.

Acho que eu preferia que tivessem feito que nem a empresa da metade-cara no ano passado: junta todo mundo, fala que estão passando por uma crise, que não vão aumentar os salários por conta disso e pronto.

Me engana que eu preciso! Porque ficar jogando na minha cara que a empresa nunca fez tanto dinheiro na sua história só me deixa mais puto de simplesmente ignorarem o acordo assinado com o sindicato e o aumento real do salário dos colega.

Vida de assalariado é f...

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Me morro, versão Pedrin

Só para lembrar e reavivar a série Me Morro da minha metade-cara, aproveito para contar um causo que aconteceu comigo semana passada.

Estava eu tentando comprar uma ferramenta para cortar rodapés que um carpinteiro me indicou quando entrei numa loja de ferragens.

Vou decididamente para o balcão, bato no mesmo e peço com a maior machesa possível uma “ingle”.

O cara me olhou com uma cara estranha e pediu pra eu repetir. E eu repeti: uma “ingle”.

Ele fez cara de cachorro quando não entende e aí vira a cabeça de lado. Achei que era hora de explicar o que eu queria, descrever a ferramenta.

Aí o cara falou um “Ah! Sbroubles*”. E eu falei “isso! Sbroubles*”. Ele deu um sorriso de canto de boca e foi buscar a tal da ferramenta.

*- Sbroubles significa que eu não me lembro o nome da ferramenta, mas sei que é algo parecido com “ingle”.

Como estava mais caro do que eu tinha previsto, fiquei de voltar lá pra comprar o bicho.

Ontem à noite, vendo televisão argentina, descubro na legenda de um filme o que é “ingle”: virilha.

Ou seja, fiquei sem comprar a ferramenta, porque nema pau volto lá pra pedir o bicho sem saber o nome direito.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Projeto Menino do Rio 2010 – Reablitação caminha a passos largos. Rá!

Apesar de ainda não ter ganho nenhuma cor a caminha da minha iner-morenice, o Projeto Menino do Rio 2010 está avançando rapidamente a caminho de suas metas.

Esta semana fui ao médico e ele me disse que não preciso mais ir ao fisioterapeuta e nem voltar mais nele, basta seguir o plano de treinamentos que ele passou.

Não posso fingir que não me senti como o próprio Ronaldo depois de ferrar com o joelho: com planejamentos de recuperação de seis meses e gordo.

Para quem ficou curioso, segue uma foto do meu plano de treinamentos:



Próxima meta do Projeto Menino do Rio 2010: decifrar o planejamento do médico.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Desafio

Qual foi a última música escrota da qual você lembrou e cantou?

A minha tá no post abaixo...

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Esqueci de contar sobre a chegada ao Rio de Janeiro

Bom, para quem me conhece não é mais novidade alguma eu contar que tenho uma rádio 24 horas na cabeça: tem sempre música tocando aqui dentro.

Então, quando chegamos no aerporto no Rio, ao descer do avião, pegar malas e fazer free shop, não podia de deixar uma música tocando na cabeça.

Na última vez cheguei ao som de João Gilberto homenageando o dono do novo nome do aerporto, Tom Jobim, cantando Chega de Saudade.

Dessa vez, a música foi um pouco... eu diria diferente.

Vale ressaltar que boa parte da seleção musical da minha rádio particular é feita aos acontecimentos em volta. Não, não são como trilhas sonoras de filmes e séries, músicas que super se encaixam com os eventos e completam a cena.

Na verdade, o que dispara uma música nova na rádio são coisas faladas pelas pessoas. Por exemplo, numa conversa, a última palavra que uma pessoa fala, abre um hyperlink para a música a ser tocada. Chega de Saudade apareceu quando a metade-cara disse que estava morrendo de saudades no Rio, cidade maravilhosa.

Dessa vez, na espera pela minha mala preta na esteira, ouço a metade-cara animada falando “lá vem ela”. Pronto. Começou um looping da música mais inusitada na minha cabeça.

Você pode advinhar qual é?

Lá Vem o Negão.

Vai entender...




P.S.:Após reler este post, percebi que foi quase uma entrada no tusecreto. Eu TENHOQUE fazer um desses em português!

sábado, janeiro 30, 2010

Pentelhando...

Depois de tomar algumas cervejas, fui ao banheiro do bar para aliviar-me do excesso de líquido no corpo.

Ao dirigir-me ao mictório, percebi que este estava cheio de pentelhos. Aí me ocorreu uma pergunta: “por que os mictórios e as privadas dos banheiros compartilhados têm sempre pentelhos perdidos?”

Não sei se isso acontece também no banheiro feminino, mas no masculino é lei, sempre tem um pentelho.

Acho, inclusive, que após limpar e deixar o banheiro tinindo, todo faxineiro vai lá e larga um pentelhinho em cada mictório e privada para os homens se sentirem confortáveis e se identificarem com o local.

Falando sério agora, por que isso? Fala sério! Eu não lembro de ter deixado pentelhos para traz nunca. Eu vou lá, faço o que tenho que fazer e vou embora. Não fico penteando o saco ou tentando tirar nós ou fazendo rabinho de cavalo ou sei lá o que esses caras fazem.

Quero crer que esses pentelhos largados para traz são acidentes. Porque não posso conceber a possibilidade de que haja pessoas no mundo que deliberadamente soltam seus pentelhos nos banheiros como se estivessem lançando sementes de girassol ao vento. Esse maluco teria que ser muito tarado para isso.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Em defesa da foda solidária

No mundo, há pessoas que são tristes, amargas, raivosas, invejosas e revanchistas. Acontece.

Só que há sempre uma pessoa dessas que cruza a sua vida. Um chefe, professor, sogro, companheiro de trabalho etc.

Bom, o problema é delas. Mas quando elas têm o poder de influenciar na sua vida de forma negativa, aí o problema definitivamente é seu.

É por isso que eu sou a favor da foda solidária.

A foda solidária é uma campanha de direitos humanos que visa ao bem estar das pessoas mal-amadas do mundo. As pessoas amargas do mundo também têm o direito a uma boa suadeira.

Ao invés de xingar, amaldiçoar e enfiar agulhas num boneco vodu, promova a foda solidária!

Tudo que é preciso é um amigo que não conheça o beneficiado e que seja solteiro. Convença-o da validade da causa, do benefício que trará para a pessoa-alvo e de como será bom para você deixar de ter alguém te enchendo o saco a todo momento.

Assim sendo, promova a distribuição do amor, divulgue que a felicidade está ao alcance de todos e deixe de ser atazanado pela maldita pessoa mal-amada que atrasa a sua vida.

E viva a foda solidária!

*****
Videozinho legal do site danosse.com indicado pro BrunObama

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Questão Nike

Acho que tem coisas na vida que quanto mais você pensa a respeito, mais complicado fica. É um bicho de sete cabeças que cria uma nova a cada segundo de tanto remoer a questão.

Então, para esses casos, adote a política Nike: Just Do It.

Se não sober se é ou não uma Questão Nike, pergunte para o(a) seu(sua) melhor amigo(a).

E seja feliz.


quarta-feira, janeiro 27, 2010

Eu não me canso

Ouvindo a trilha sonora de Alta Fidelidade pela zilionésima vez – e com vontade de assistir ao filme, de novo – resolvi fazer uma brincadeirinha rápida:


TOP 5 TRILHAS SONORAS

1- Alta Fidelidade [duh!]
2- Pulp Fiction
3- Forrest Gump
4- Kill Bill [1 e 2]
5- Encontros e Desencontros [Bill Murray cantando More Than This desafinado, fora de ritmo e arrasado de cansaço é simbólico e catártico]

Provavelmente me esqueci de várias outras que eu adoro e que agora simplesmente não me ocorrem - mas acho que isso já diz tudo a respeito de sua entrada na minha lista de top 5.

E você, qual é a sua?

terça-feira, janeiro 26, 2010

Recarregando as baterias

Encontrar os amigos todos juntos, poder conversar um pouquinho com cada um e poder abraçar a todos é o que eu precisava para começar o meu ano.

Foi uma ego-trip sem tamanho receber todo o carinho das pessoas e espero que tenha conseguido dar de volta pelo menos um pouco do que me foi dado.

Fato é que, sem isso, nossa viagem não teria sentido algum e isso é o que mais sentimos falta.

E se tiver isso com um caldinho de feijão e uma original geladésima, então!!!

[aqui entrará uma foto de todos assim que a metade-cara subir as fotos no picasa]

domingo, janeiro 24, 2010

Uma imagem vale mais do mil palavras

Tem alguns momentos em que nenhuma expressão facial poderia substituir a clássica “cara de cu”.

Aquele momento em que chega na sua festa de aniversário a sua chefe que você odeia. O momento em que você ganha de presente a roupa mais bizarra do mundo e a pessoa faz questão que você vista imediatamente e saia na rua com ela para mostrar para todos. A hora em que você conta para a família a sua maior conquista internética e não só ninguém entende do que você está falando, como acham que o que você fez foi ilegal.

Enfim, se você ainda não entendeu o que é a cara “chupei limão achando que era laranja”, é só assistir a essas premiações pela TV: Oscar, Globo de Ouro, Emmy etc. As atrizes todas quando não ganham o prêmio de melhor atriz fazem essa cara num close maravilhoso que pega toda a dramaticidade do rosto delas.

Agora, lendo o globoesporte.com agora, me deparei com uma foto a respeito do clássico de Milão, no qual o Internacional ganhou do Milan. Essa foto, para mim, é a quintessência da definição da “cara de bunda”, essa expressão encontrou seu rosto, seu embaixador, seu definidor e garoto-propaganda: Ronaldinho Gaúcho.

Deixo a foto falar por mim...


Ronaldinho Gaúcho se perguntando
quem foi que peidou malzão no meio do jogo

terça-feira, janeiro 19, 2010

Messageando

Você já se percebeu conversasando como se estivesse no msn, só que ao vivo?

Eu já.

E está se tornando cada vez mais freqüente, acho...

Cheguei à conclusão de que estou messageando ao falar com as pessoas. O Msn invadiu minha vida fora do computador!

Sem contar as tradicionais contrações de palavras – tipo “bom findi” ou "tudo tranks" – e de falarmos os dois ao mesmo tempo de assuntos diferentes como se estivéssemos escrevendo um montão de coisas no msn sem olhar pra tela e perceber que a outra pessoa tb tá escrevendo um montão de coisa – e depois ter que ficar subindo a tela do histórico pra poder ver o que a pessoa escreveu pra poder responder –, agora comecei a demorar a responder o que me perguntam.

Eu falo alguma coisa, a pessoa responde. Aí eu demoro outros minutos pra continuar o papo. Como se estivesse fazendo muita coisa ao mesmo tempo ou batendo papo com várias pessoas em paralelo. Mas que nada! É só lerdeza mesmo...

E tá bom que a metade-cara sempre foi de retomar assuntos que já morreram há tempos pelo meio tipo “Então acho que verde é melhor”. Verde o quê? Do que você está falando? Estávamos conversando sobre o que fazer nas férias. O que é verde?

Só que agora, com esta minha demora nas respostas, ficou muito mais complicado de seguir as linhas de raciocínio malucas dela sem o histórico pra me ajudar.

Acho que finalmente vou adotar o que todo mundo que nos visita sempre achou que a gente fazia, mas nunca fizemos de verdade: vamos sentar os dois na sala, cada um com o seu laptop, conversando via msn. É mais fácil assim...

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Got caca?

Um amigo aqui do trabalho, estava chateado por ter que pagar uma baba para comprar todo dia para sua filha de 5 anos um Kinder Ovo. Pelo mesmo preço, segundo ele, poderia comprar um chocolate melhor, em maior quantidade, e com um brinquedinho melhor que aqueles são muito vagabundos. No final das contas, o que eles tá pagando é pela surpresa – que não é uma surpresa nada agradável pro bolso dele.

Assim, de sacanagem, falou para sua filha que aquilo na verdade não era chocolate, era caca. Era uma bola de caca.

Sua filha ficou toda chateada, começou a chorar e tudo. Não queria nem tocar no ovo comprado.

Ele tentou de tudo para desfazer a merda – com duplo sentido, por favor – que tinha feito. Mas ela não queria tocar, cheirar, provar nem deixava ele por na boca para provar que era chocolate.

Enquanto isso, a mãe da criança só ria e dava de ombros quando o marido pedia ajuda: “a merda é tua, você que resolva”. E quanto mais ela ria – e ele também –, mais a criança chorava.

Até que ele resolveu mostrar pra ela na embalagem de que era feito o Kinder Ovo. Pegou o papel e pos pra filha ler.

Lá foi ela: CA-CAu. E ela desandou a chorar ainda mais porque o que antes ela suspeitava, tinha acabado de se confirmar.

Os pais, agora se escangalhando de rir da situação, tentaram explicar que cacau era chocolate, na verdade, mas aí não tinha mais volta: a bichinha ficou inconsolável e nunca mais comeu Kinder Ovo.

E o meu amigo descobriu que comprar um chocolate mais um brinquedo [que na verdade é o brinquedo que ELA quer e não o que ele quiser] sai mais caro que o tal do Kinder Ovo de cacau.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Fiat lux

Finalmente o pessoal do selvício colocou luz dentro dos reservados no banheiro. Agora sim poderei ler meus livrinhos enquanto passo um fax sem forçar a vista e ficar com o dor de cabeça.

Mas, como nem tudo são rosas, alguns companheiros de trabalho reclamaram da inciativa. Suspetio que tem gente que curtia uma soneca no escurinho do troninho.

Definitivamente não dá pra agradar a gregos e troianos.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Doce infância

Até eu fazer uns 4 anos minha mãe era meio natureba. Por conta disso, não havia refrigerante lá em casa, eu não comia açúcar e nem sabia direito da existência de doces e balas.

Que eu lembre, nunca me revoltei por conta disso, não. Era muito comportadinho e calmo.

Era tão tranquilo que uma vez eu estava dormindo na cama da minha mãe quando ela acordou e não me viu ao seu lado. Procurou pela casa toda e nada de me achar. Aí voltou pro quarto e me viu dormindo debaixo da cama. Eu tinha rolado, caído da cama, rolado pra debaixo da cama e ficado. Nem acordei no processo.

O problema é que essa calma, tranqüilidade e passividade toda ia pro espaço quando eu ia pra festinhas de aniversário dos amiguinhos da escola. Ao ver todos aqueles doces, refrigerantes e tudo o mais eu ficava transtornado, virava o demônio da tazmania e atacava tudo. Era como um alcólatra que entra numa festa open bar: dá escândalo e tudo o mais.

Uma vez, nós tínhamos acabado de chegar na festa e minha mãe estava conversnado com outras mãe quando percebe que tem um pessoal passando muito preocupado. Ela foi ver do que se tratava e parece que a família toda do aniversariante estava procurando o bolo de aniversário que tinha sumido de cima da mesa.

Parece que foi uma loucura, todo mundo procurando nos lugares mais insólitos e nada de achar o bolo decorado de Changeman do aniversariante. Até que alguém levanta a toalha da mesa e me encontra debaixo da mesma com metade do bolo no colo, a outra metade espalhada pela cara, comendo tudo com as mães e com uma puta cara de felicidade.

Minha mãe disse que não sabia onde enfiar a cara... Bom pra mim que eu sabia!

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Basta!

Nesses dias de calor porteño, tenho tentado aproveitar ao máximo a piscina aqui do prédio – sim, temos uma piscina no prédio que só usa a gente e a Martina, de três anos.

Vou lá, ponho meu sungão, desço com a toalha em volta da cintura para não explanar demais as mixarias e fico tostando dentro da água ou brincando com a minha amiga Martina.

Só que, em algum momento, fui coçar a parte de dentro da coxa e quase fiquei cego!

A luz do sol refletindo a brancura da minha pele é uma coisa absurda do tipo é preciso ter um negativo em frente aos olhos para olhar diretamente para mim.

Tá foda.

Já não bastava a barriga de chopp, agora sim estou parecendo de vez um boneco de neve!


Pedro tostando na piscina e comemorando o Día de Reyes com uma Corona.


Dá não...

Assim sendo, inauguro com efeito imediato o PROJETO MENINO DO RIO 2010 – REABILITAÇÃO.

Sim, porque ainda estou fazendo fisioterapia para o pé, não posso correr nem pular, além de estar fazendo RPG pra melhorar a coluna. Então o projeto desse ano será seguir com os tratamentos, pegar sol na piscina todo dia depois de andar com o Chimi, comprar um andador e dar entrada num asilo para idosos porque depois de reler o planejamento do projeto eu virei de vez um velho.

Os 30 estão chegando...

terça-feira, janeiro 12, 2010

A fauna porteña

http://www.dosisdiarias.com/Chegou o verão. Sol, praia, água de coco e cervejinha estupidamente gelada para matar o calor.

Tudo isso é muito bom, mas não temos por essas bandas aqui, não.

Aqui, verão é sinônimo de comerciais da Quilmes, reclamações de que “não está quente, o que mata é a umidade” e de fauna porteña mostrar suas caras.

De uma hora para outra, nosso apartamento foi invadido por toda sorte de insetos. A parede da sala não tem um dia que fique sem uns mosquitinhos borrachudos pequeninhos chatos para caraleous como se a pobre parede estivesse como uma catapora negra.

Agora, os mosquitos de verdade é que são o bicho – sem duplo sentido. O Rio que sempre foi a morada preferida do transmissor da Dengue nunca me apresentou o tal do Aedes Egipti – pelo menos eu nunca tinha visto. Mas aqui, ao caçar mosquitos pela casa, eu percebo que todos têm lá as listrinhas no corpo. Eu, que pensava quando via os cartazes de prevenção da Dengue no Rio que nunca notaria listrinhas em um bicho tão pequeno, não consigo mais parar de notar as roupinhas de irmãos metralha dos seus primos porteños.

O Chimi, como bom caçador que é, faz sua parte e vive correndo atrás de um bicho ou outro. Geralmente abelhas. Acho que ele criou um certa antipatia pelos fazedores de mel quando do seu primeiro encontro, ao ter sua curiosidade de saber que gosto que tinha aquela coisinha que voava substituída por uma forte dor de um ferrão preso no lábio por horas até a gente perceber e tirar. Desde então, é só ver uma abelhinha voando que ele já parte pro ataque. E nós, ao vermos que ele fica retorcendo os lábios, já vamos logo tirar o ferrão.

Mas tem companheiros de moradia que até o Chimi não encara. Outro noite, estávamos tranqüilamente sentados na sala quando percebo uma cigarra voando do quarto, passando por cima de nossas cabeças e parando na porta de vidro para a varanda com um sonoro “TOC”. Qual não foi o meu susto duplo quando a Carol deu um berro histérico e saiu correndo para se trancar no quarto e eu percebo que aquele 747 que tinha entrado na minha casa era uma barata voadora enorme. FU-DEU! O Chimi rapidamente ficou atrás de mim avaliando suas opções e eu com a responsabilidade de me livrar do visitante inconveniente.

Sem saber o que fazer, acho que fiquei um bom tempo encarando ela e ela me encarando. Se eu jogasse um chinelo, além de sujar toda a porta e potencialmente minha parede branca, ainda corria o risco de errar e aquela havaiana tamanho 44/45 podia levantar vôo de novo e partir pra cima de mim.

PARÊNTESIS – segundo fontes de informação carolinísticas, não se deve berrar ao entrar em contato com uma barata do tipo voadora. Tal inseto tende a seguir o som, o que pode levá-lo à fonte dos gritos: sua garganta.

Bom, depois de ficar um tempo considerando minhas opções, resolvi que minha melhor arma seria o aspirador de pó. Era garantia de manter a cucaracha presa até decidir o que fazer com ela. Peguei minha arma, coloquei o máximo de extensões possível no cano e parti para cima da Kafka.

Até que foi fácil pegar a Kafka – fica a dica: melhor amigo contra baratas voadoras é o seu aspirador de pó. Uma vez presa no aspirador é que foi o problema. Não dava pra simplesmente jogar fora todo o equipamento – sugestão de Carolina – ou deixar o bicho lá dentro eternamente até morrer de inanição – sugestão de Pedro. Então, juntei toda a minha coragem, agarrei o spray bagon da vida, abri o depósito do aspirador de pó e esvaziei a garrafa de mata-inseto dentro. E fechei. E deixei lá.

Mais tarde, voltei para averiguar o resultado da manobra e lá estava a enorme barata morta dentro do saco de dejetos do aspirador de pó. Aí foi questão de jogar fora o saco e seguir com a vida como se nada tivesse acontecido. Foi apenas mais um contato imediato de primeiro grau com um objeto voador infelizmente identificável.


segunda-feira, janeiro 11, 2010

O milagre da vida

Tem um casal de amigos que são nossos padrinhos de casamento e nós somos deles que vão ter filhos esse ano e nós seremos os padrinhos do moleque.

Já estão grávidos e sempre que podem nos mandam os updates do processo gravidístico.

Outro dia, eles mandaram umas fotos de ultra-sonografia para vermos como estava a criança. Eu não entendi nada que via, mas a Carol [disse que] entendeu tudo e falou que é lindo. Eu fiquei um tempão encarando aquelas fotos achando que eram aqueles quadros 3D que foram moda há alguns anos atrás que, se você olhasse muito tempo para eles e fizesse alguma coisa com os olhos que eu ainda não descobri, você veria um avião ou uma cruz ou sei lá mais o quê. Pra mim era tudo mentira e um complô mundial para me fazer passar de abobalhado, mas as imagens do ultra-som estavam lá, a Carol afirmava que estava vendo um bebê e seria uma brincadeira de muito mal gosto dos pais da criança tentarem retomar o complô das imagens 3D. Então fiquei lá horas encarando as fotos, esperando para ver se aparece algum trenzinho ou sei lá o que – ainda sem sucesso.


Recentemente, eles mandaram o vídeo do ultra-som. Aí eu pensei “pô, vídeo vou ver tudo, muito mais fácil!” Cara, comecei a assistir aquela para e achei que eles tivessem errado, que tinham mandando alguma imagem de um sonar de submarino em guerra. Depois de confirmar que o vídeo era aquele mesmo, recomecei o processo de encarar as imagens e tentar ver o triângulo escondido. Depois de relaxar e desistir de ver qualquer coisa, eu já estava curtindo o vídeo como uma grande obra póstuma não revelada ao mundo do Kubrick ou considerando tomar um ácido antes de ver de novo que aí seguramente veria alguma coisa.

Mais aí aconteceu. No meio de toda aquela confusão de imagens, apareceram uma mãe e cinco dedos. DEDOS, cara! Que foda! Realmente tinha um bebê lá dentro e o bichinho já tinha até dedos. Segundo a Juno, já tinha até unhas! Caraca! Nessa hora, numa expressão tipicamente carolinística, eu siemocionei-se a si mesmo e fiquei embasbacado com o vídeo. Já revi umas tantas vezes e devo admitir que até agora só consegui ver esses dedinhos mesmo, mas isso já super valeu a pena. Que foda.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Alô?

Telefone e eu não somos melhores amigos. Nunca fomos.

Nunca gostei de ficar de ficar conversando por telefone. Essa história de ficar segurando um negócio contra a orelha é super cansativo e incômodo.

Sem contar que conversas por telefone podem levar a um problema de interpretação do que se fala e como se fala. Já tive brigas homéricas por ter sido mal-interpretado. Prefiro falar ao vivo.

É por isso que desde que fui obrigado a usar celular este serve para qualquer coisa, menos pra ligar. É meu mp3 player, minha agenda, meu despertador, minha calculadora, meu joguinho, minha máquina fotográfica, filmadora e, atualmente, meu acesso à internet.

Mas nada isso me salva de ter umas conversas que, sinceramente, poderia muito bem passar sem elas.

Não digo nem das ligações que não têm assunto – são apenas para falar “oi” – ou das que tinham um assunto que eu realmente não queria ouvir – só falavam besteira, o clássico “perdeu uma oportunidade de ficar calado”.

Estou falando do modo como as pessoas falam ao telefone.

Tipo a pessoa que leva uma eternidade para falar. “Então... eu acho... tipo assim... eu tava pensando, né... tipo... sei lá... assim... pode ser... não sei... bom dia.” Saco! No meio da história eu já começo a pensar na lista de compras, a assistir algum programa na TV ou fazer qualquer outra coisa menos prestar atenção na pessoa do outro lado da linha. Não dá! Pra essas pessoas, eu precisaria de uma resenha para cada ligação.

Tem outro tipo de pessoa que não conhece pontuação. Se isso já é meio ruim quando se lê o que a pessoa escreve, ao telefone se torna impossível. “Bom diaTudoBem?EuestoubemPenseimuitosobredeterminadascoisasqueconversamosechegueiaumaconclusaodequenãodariamuitocertodessaformaDevíamosfazertudoaorevésoquevcacha?Jáseioquevocêachamaseuachoqueseuargumentonãoéválidonessecontextoedeveríamosfazertudodomeujeitocerto?OktudocertoBeijoBomfalarcomvocêTchau”. A pessoa pergunta e responde por você. Não precisa de mim pra conversar.

E tem a pessoa que te liga para contar uma fofoca. Aí resolve falar baixinho a fofoca. “Você não sabe o que eu escutei da fulaninha sobre o cicraninho. Eles estavam juntos dentro de uma loja de sabonetes comprando para a beltraninha um conjunto de $XXX,xx. E olha que ontem a própria beltrainhna estava falando isso e aquilo outro a respeto da fulainha enquanto o cicrainho ouvia tudo e concordava. Que falsos.” Eu, que já sou meio surdo, fico me esforçando para entender que merda estão falando e, geralmente, é algo que não serve de nada.

Sei lá. Acho que se quiser falar comigo, marca um encontro, por favor. Eu prefiro.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Alegorias

-Por que você está olhando pro cardápio ainda?
-Como assim?
-Você já sabe o que quer comer.
-Sim...
-Já escolheu.
-Sim...
-Já até falou pro garçom o seu pedido!
-É verdade.
-Enquanto vínhamos para cá já tinha até me dito o que queria comer, que estava com desejos e tudo o mais.
-Realmente.
-Então por que continua olhando o cardápio?
-Não é porque já escolhi o que comer que eu não posso mais olhar as opções no cardápio.
-Sei...

...

-Ei! Te peguei olhando pra bunda daquela mulher!
-Sim...
-Nós somos casados! Você não pode ficar olhando pra outras mulheres!
-Vou te explicar de novo: não é porque já escolhi...

terça-feira, janeiro 05, 2010

Acho que a minha barba me deixa com cara de tarado

Não é exatamente a cara o problema. Pra falar a verdade, acho até que a cara fica melhor de barba – esconde as bochechas e me deixa menos gordo. Neste momento, isso é essencial!

A questão é que eu adoro cafuné. Adoro que concem minhas costas. E, por conseqüência, adoro um chamego na barba.

É coisa de doido, meu lado cachorro que se aflora e me deixa rendido nas mãos da minha metade-cara toda vez que se propõe a fazer um dos três.

Até aí tudo bem. A questão é quando estou no trabalho.

Eu passo o dia inteiro sentado na frente do computador lendo um monte de traduções feitas pelo google translator – meu pior inimigo. Quando não há nada para corrigir no texto, eu só uso a mão direita para descer as páginas do texto.

Enquanto isso, minha mão esquerda fica fazendo carinho na barba. O tempo todo. Sem parar. Em várias direções e estilos.

Hoje, percebendo que eu fazia isso, tentei me colocar na posição da secretária que se senta na minha frente. “Olha lá aquele cara tarado com o olhar fixo naquela tela de computador, revisando legendas de filmes pornôs e alisando a barba sem parar”.

Sei não, mas tá perigando o pessoal começar a achar que eu tenho problemas sérios. Principamente depois que descobri que antes de eu entrar na empresa houve um caso de um cara que assediava todas as mulheres que via, sem distinções ou critérios (um socialista de mãos bobas). Será?


Não sei quem que eu pareço nessa foto,
mas que eu pareço, eu pareço!

segunda-feira, janeiro 04, 2010

O que mudou que não fiquei sabendo?

Acho que o ano novo, que já não era grandes coisas para mim – fora a questão de não estudar/trabalhar –, depois que terminou a faculdade perdeu completamente o sentido.

Todo ano eu tinha a certeza de que veria algo de novo na minha rotina: novos conhecimentos, novas pessoas, novos lugares.

Hoje, primeiro dia de trabalho do ano, está igualzinho ao dia 30 de dezembro de 2009. Igualzinho, nada de novo.

Ano novo? Sei não...