sexta-feira, maio 28, 2004

Definições

Definição de local bom para leitura – Assento acolchoado, bem iluminado (geralmente pela luz do teto e a que fica em volta do espelho), encosto em ângulo acima de 80º e boa ventilação.

Definição de momento para leitura – É o momento em que não se consegue mais segurar, o chamado para o ato foi feito e não há mais como resistir ao seu desejo. Suspiros estrondosos ou aromáticos também são bons indicativos de que o momento de leitura chegou.

Definição de “final não planejado” da leitura – É quando chegou-se ao término do livro e percebeu-se a falta de papel para “observações finais”. Nestes casos, páginas do livro são sacrificadas para que a leitura tenha um final seguro e asseado.

Definição de leitura rápida – Aquela com livro pequeno e de fácil leitura. Ex.: “É um livro pequeno. Dá pra ler em uma cagada.”

quinta-feira, maio 27, 2004

Momento mágico!

Estou eu andando pelas ruas da Tijuca (é claro) quando avisto uma menina vindo na direção contrária.

Ela parecia uma dessas
cheerleaders, loira, com um corpão de causar inveja e bonita. Andava parecia que estava numa passarela, o mundo a seus pés.

Num movimento gracioso, com ambas as mãos arruma seu cabelo, jogado em seu rosto pelo vento. Um perfeito comercial de xampu.

A não ser por um detalhe: ainda segurando o cabelo para trás, aquela donzela (licença poética, é claro) incha o peito e do fundo da garganta dá uma cusparada. Daquelas que é grossa e cai girando num eixo imaginário para se esparramar na calçada como se estivesse chovendo Geleca Maluca do céu.



Post em homenagem à série de posts ainda por serem criados, mas já elaborados pela minha metade-cara a serem chamados “A gente se vê na Tijuca”.

sexta-feira, maio 21, 2004

Pello Menos (por favor!)

Por que mulheres feias e com pernas cabeludas são sempre roqueiras?

Por que mulheres nordestinas usam sempre um bigode a la Errol Flyn?

Por que mulheres com cabelos no peito insistem em usar decote?

Por que mulheres de bunda cabeluda adoram mostrar o cofrinho (também cabeludo)?

Por que mulheres com costeletas usam cabelo curto?

Por que mulheres com cavanhaque existem???

quarta-feira, maio 19, 2004

Pra garantir

Bom, segundo me disseram na Shell, antes de começar a estagiar vou ter que fazer um exame contra álcool e drogas.

A moça que fez a seleção avisou que quem bebe uma cervejinha no fim de semana não precisava se preocupar. Então nesse quesito estou livre.

Eu estou preocupado mesmo é com a questão de drogas. Não sei quando que vão me chamar pra fazer o exame e sei muito menos quanto tempo uma droga fica no sangue antes do corpo metabolizar.

Assim sendo, desde já não mais irei às aulas do Federman, não mais comerei no sujinho, jogarei futebol com o Calil e não vou mais assistir a “Malhação”.

Eu tenho que me garantir, né...

terça-feira, maio 18, 2004

No meu entender não há ato mais atroz, mais vil e pusilânime no mundo do que peidar na escada. Este é um ato digno de um Mengele ou um Zyclon renascidos!

Imagina, você ta subindo, com sua cara direcionada pra arma do sujeito da frente e de repente o tiro – vai direto na sua narina. Mais fácil que isso só peidar em bombinha de asmático!

E você fica lá, indefeso contra essa agressão. O peido saindo aos poucos pela calça e você tendo que acompanhar. Você e as pessoas atrás de você também. Sim, porque o que passa por você é captado pela pessoa de trás. E ela ainda acha que a culpa é sua!!!

O pior é que não dá pra parar! Imagine-se saindo do metrô na Carioca, entupido de gente, e um negócio desses acontece. Se você para no meio da escada, você é derrubado e pisoteado até a morte!!!

Eu acho que deveria haver um botão de emergência nas escadas do metrô, do tipo daquele que tem dentro do vagão. Em caso de algum problema, você aperta o botão e a composição para. Assim, quando você estiver subindo as escadas e sentir os primeiros sinais do ataque, você aperta o botão e todo mundo à sua volta e atrás para.

Se der, ainda poderiam instalar junto um exaustor automático. Ou uma rolha de cu...

segunda-feira, maio 17, 2004

Computador é o carro da nossa geração.

É isso aí que você leu: o computador é o carro de nossa geração. Eu percebi isso ao parar pra pensar sobre o que eu gastei a minha primeira grande quantidade de dinheiro: num computador novo!

E quase todos os meus amigos também! Juntaram uns dois mil, três mil reais e compraram um computador foda.

Quando nossos pais eram da nossa idade, tudo o que eles pensavam em comprar era um carro. Juntavam uma merreca, compravam um carro usado, e passavam as manhãs de domingo consertando alguma coisa de errado no motor.

Hoje não. Todos os meus amigos têm ou sonham com um computador. E, aqueles que já possuem um, passam as noites de domingo tentando consertar algum erro fatal que o Windows cometeu.

E como a gente ODEIA as telas azuis de “o seu computador cometeu um erro fatal” Ele se autodestruirá em dez segundos levando todo o seu trabalho de configuração da tela de trabalho do Windows! Quando você finalmente conseguiu encontrar a combinação de cores ideal, a tela de fundo com a imagem que diz tudo, uma tela de descanso perfeita e o seu nome em todos os programas bunitinho.

Nossos pais adoravam seus carros fudidos que eles compravam. Lavavam todo final de semana, compravam produtos só pra deixá-los mais bunitinho e até davam nome pra eles. Eu já vi um amigo do meu pai alisando o carro dele e falando “Agora você está lindo, meu garoto.”.

Pois é. Agora, pra eu sair com a Carol tenho que esperar ela terminar de fazer a desfragmentação diária, passar todos os 13 antivírus e limpar o teclado. Alegria dessa é ter que reformatar o bicho.

Pra você ter uma idéia, outro dia eu fui ensinar minha mãe como fazer pesquisa no Windows XP. Quando o programa terminou de fazer a pesquisa e não encontrou nada, o cachorrinho, que fica cheirando o chão durante a pesquisa, avisou que não conseguiu encontrar nada, minha mãe vira e fala pro monitor: “Tudo bem. Você fez um bom trabalho.”!!!

Isso sem contar o Hazel que deu nome pro computador dele, o que causou inveja em todos os outros nerds que lêem o blog da Carol.

Bom, como eu não posso fugir do determinismo, fecho esse post por aqui e vou dar uma volta no meu Negão – o Pentium 4 todo preto que comprei.
É isso aí! Foi confirmado hoje que irei trabalhar na Shell. E isso significa só uma coisinha: CA$$$HING!!!

Sim, porque eu vou trabalhar 20 horas por semana e ganhar aproximadamente 700 barão. Mais o que a minha metade-cara vai ganhar, que é o dobro (sim são os novos tempos, a mulher conquistando o seu lugar no mercado de trabalho), a gente vai estar rico!

Tá, não é pra tanto, mas a gente está pensando em arranjar um carro...

Quem sabe não será meu fuscão preto conversível, com buzinas “La Cucaracha”???

sábado, maio 15, 2004

Eu acho que alcancei um novo nível em termos de kit pela-saco. Quando eu menos esperava, quando eu achava que o kit original era tudo que eu poderia ter e almejar, do nada me aparece uma nova categoria. E um admirável mundo novo se mostra ante meus olhos.

Tá, mas o que é o kit pela-saco? Bom. Tudo tem início na pós-ignorância (créditos merecidos a Charles B.). Tem sempre aquela banda, que você conhece da rádio, sabe quais são algumas das músicas mais famosinhas (na verdade você só sabe os refrões das músicas mais famosinhas) e que todos os seus amigos curtem? Você não curte tanto quanto eles, mas você quer se integrar no grupo.

Como fazer então para não ser pego como um perfeito
faker? Você compra o kit pela-saco!

Nele você encontra: um cd de best hits (se a banda for antiga, você provavelmente comprará também o cd de best hits 2), o acústico da MTV, o cd com o último show deles e, no caso deles tocarem no Brasil, uma camisa que diz “eu fui ao show”.

Sim, com este kit você estará preparado para tudo! Eu adoro este kit, embora nunca tenha comprado camisas de shows... Se você for repara nos meus cds, o que eu mais tenho é coletâneas e acústicos.

Afinal de contas, quem precisa saber tudo sobre a banda que gosta? Basta saber o que todo mundo gosta...

Eu era feliz assim. Mas agora eu encontrei uma nova categoria, um outro nível: o kit pela-saco de filmes!!!

Sim! Eu assisto a Pulp Fiction e copio o cd com a trilha sonora. Sim! Eu assisto a Clube da Luta e leio o livro que originou o filme. Em inglês!!!

Não há como ser mais pela-saco que isso!!!

quinta-feira, maio 13, 2004

Você sabe aquela pessoa que está sempre na sua frente quando você está com mais pressa? O carro na sua frente parou num sinal vermelho no Maracanã às 11 da noite. Você, que está atrasado pro forrozinho no Monte Líbano, pisca o farol repetidas vezes pra ver se o cara se toca e sai da frente pra você passar. Quem esse cara pensa que é, ficar assim na sua frente, te impedindo de seguir seu caminho? E ele ainda insiste em ficar parado até o sinal abrir!!! Pra piorar, ainda é um lerdo sem tamanho que demora anos pra sair com o carro e acelerar.

Muito bem. Esse cara sou eu. Odeio esses idiotas que ficam piscando farol alto no meu espelho retrovisor!!! Quando alguém faz isso comigo, das duas uma: ou eu diminuo a velocidade de propósito (ou demoro a sair, se parado), ou eu dou um jeito de emparelhar com outro carro e deixar o cara fulo da vida atrás da gente, preso.

Ah, vai piscar o farol na puta que pariu!!! Tá nervoso!? Então enfia dois dedos no cú e rasga!!! Aproveita e dá um lacinho em cima da cabeça...

domingo, maio 09, 2004

PUTA QUE PARIU, QUE RESSACA FILHA DA PUTA!!!

sexta-feira, maio 07, 2004

Alguém pode me explicar pra que seve aquela merda daquele paninho de chão que as mães chamam de tapetinho de banheiro?

Porra! Toda vez que eu pego aquela porcaria pra limpar o chão molhado de água ou outros líquidos menos gloriosos lá vem minha mãe reclamar que não é pra enxugar nada com eles.

Se eu tenho que ir lá na área pra poder pegar um pano de chão pra poder limpar a merda que eu fiz, de que me adianta ter aquele pano colorido metido à besta no banheiro então?

Ele só serve mesmo pra minha mãe reclamar que toda vez que eu piso neles eu enrugo ele todo - eu não consigo deixar ele lisinho no chão...

Mulheres de plantão: explicações, por favor?

quinta-feira, maio 06, 2004

A humilhação para a iluminação

Creio que uma das coisas mais humilhantes que existem é acabar de dar aquela barrigada gostosa e perceber que está sem papel. Naqueles segundos entre o início de puxada do papel até o fim definitivo do rolo (passando, é claro, por aquela falsa esperança enquanto os resquícios de papel vão se desenrolando) o seu mundo desaba!

E você fica ali, sentado no trono, encolhido em toda a sua vulnerabilidade, tentado pensar rápido numa solução pra questão. É óbvio que o depósito de papel higiênico da casa não fica no armário sob a pia – ele fica lá na área de serviço. Mas como fazer pra que o papel venha da área para as suas mãos?

Lá vai você, com a calça no tornozelo, a camisa cobrindo “suas vergonhas” (sempre achei este um termo muito engraçado!!!) até a porta do banheiro. Abre só uma frestinha e grita pela sua mãe. Seu irmão (ou irmã) babaca lhe informa que sua mãe saiu pra rua, enquanto bate a porta atrás de si.

E assim só sobra você, uma casa vazia, uma privada cheia, uma calça no tornozelo, o PH – o melhor amigo do homem – lá na área e uma bunda molhadinha. Coloca a cabeça pra fora do banheiro, olha pra um lado, olha pro outro, e lá vai a criatura mais infame já existente, em pequenos passinhos, andar até a área de serviço e voltar, também em pequenos passinhos, com o glorioso papel em suas mãos.

É lógico que a esta altura do campeonato a área ser limpa é bem maior do que de início, mas nem mesmo este detalhe o deixa chateado – o alívio de ter se livrado daquela situação humilhante é tudo.

Acho que esse devia ser um dos testes de humildade pelos quais os monges budistas passam como forma de desenvolvimento individual. Certamente, depois de uma destas, ele estará prontinho pra atestar toda a sua insignificância no cosmos e ir direto pro Nirvana.

quarta-feira, maio 05, 2004

Ok. Eu odeio metadinhas!!!

Puta-que-pariu!!! Por que as pessoas são incapazes de comer um pão inteiro!? Qual é a necessidade de comer só metade!? Será que elas sabem o quão frustrante é procurar comida cheio de vontade e só achar metadinha de um pão, de uma panqueca, de uma carne!!!

Eu não acredito que, após comer dois cachorros-quentes uma pessoa ainda sinta necessidade de comer mais um pouquinho. Mas não só um pouquinho – tem que ser uma metadinha!!! Cara, fala sério! Depois de dois sanduíches, uma metadinha não é nada!!! É melhor não comer nada! Ou então assumir que é um gordinho olho-grande e comer um pão inteiro.

Mas nãããããão. Tem que comer só metadinha. Isso é pra poder saciar a ânsia de gordinho, mas poder estar bem com a consciência. Argh! Como isso me irrita!

Quando eu chego ao fim do meu segundo sanduíche e resolvo que comerei mais um eu tenho total consciência da minha gulodice! Não há pudores envolvendo a decisão – apenas puro e pecaminoso prazer. Estou em paz com a minha consciência, meu estômago sempre ganha.

Então, eu enfio a mão dentro do saco de pão e o que eu encontro lá? A metadinha de algum recalcado!!! É revoltante! Essas pessoas, além de pudicas e reprimidas, são extremamente egoístas! Como elas não conseguem comer um pedaço inteiro, elas comem metadinha e privam as outras pessoas de terem um prazer por completo. Revoltante!!!

E o que é uma metadinha!? Nada, poeira, restos, algo incomensuravelmente decepcionante. É como transar, mas só poder colocar a cabecinha. E o resto!? Eu como aquela merda mas ela não satisfaz o meu desejo criado ao término do segundo cachorro-quente, eu fico terrivelmente insatisfeito e desejando sempre um pouco mais.

Em resumo: metadinhas só existem pra trazer angústia, decepção, enganos e uma vontade de comer ainda maior do que antes de consumi-la.
Post nerd do dia:

Meu problema com a, assim chamada pelos gordinhos recalcados, metadinha advém (nossa, esse advém ficou bunitu!!!) de um risco da satisfação. O produto consumido não satisfez inteiramente o meu desejo no ato compra do mesmo.

Então tá...