segunda-feira, maio 17, 2004

Computador é o carro da nossa geração.

É isso aí que você leu: o computador é o carro de nossa geração. Eu percebi isso ao parar pra pensar sobre o que eu gastei a minha primeira grande quantidade de dinheiro: num computador novo!

E quase todos os meus amigos também! Juntaram uns dois mil, três mil reais e compraram um computador foda.

Quando nossos pais eram da nossa idade, tudo o que eles pensavam em comprar era um carro. Juntavam uma merreca, compravam um carro usado, e passavam as manhãs de domingo consertando alguma coisa de errado no motor.

Hoje não. Todos os meus amigos têm ou sonham com um computador. E, aqueles que já possuem um, passam as noites de domingo tentando consertar algum erro fatal que o Windows cometeu.

E como a gente ODEIA as telas azuis de “o seu computador cometeu um erro fatal” Ele se autodestruirá em dez segundos levando todo o seu trabalho de configuração da tela de trabalho do Windows! Quando você finalmente conseguiu encontrar a combinação de cores ideal, a tela de fundo com a imagem que diz tudo, uma tela de descanso perfeita e o seu nome em todos os programas bunitinho.

Nossos pais adoravam seus carros fudidos que eles compravam. Lavavam todo final de semana, compravam produtos só pra deixá-los mais bunitinho e até davam nome pra eles. Eu já vi um amigo do meu pai alisando o carro dele e falando “Agora você está lindo, meu garoto.”.

Pois é. Agora, pra eu sair com a Carol tenho que esperar ela terminar de fazer a desfragmentação diária, passar todos os 13 antivírus e limpar o teclado. Alegria dessa é ter que reformatar o bicho.

Pra você ter uma idéia, outro dia eu fui ensinar minha mãe como fazer pesquisa no Windows XP. Quando o programa terminou de fazer a pesquisa e não encontrou nada, o cachorrinho, que fica cheirando o chão durante a pesquisa, avisou que não conseguiu encontrar nada, minha mãe vira e fala pro monitor: “Tudo bem. Você fez um bom trabalho.”!!!

Isso sem contar o Hazel que deu nome pro computador dele, o que causou inveja em todos os outros nerds que lêem o blog da Carol.

Bom, como eu não posso fugir do determinismo, fecho esse post por aqui e vou dar uma volta no meu Negão – o Pentium 4 todo preto que comprei.

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