segunda-feira, maio 31, 2010

segunda-feira, maio 10, 2010

Para onde vão as meias

Recentemente descobri que o meu teclado do trabalho estava escrevendo 6 toda vez que eu apertava a tecla do 5. Uma virada do mesmo de cabeça para baixo foi o suficiente para perceber que o problema era sujeira.

Agora, foi incrível a quantidade de restos de biscoito, de cílios, cabelos e mais outras coisas não identificadas que saíram de dentro do troço. Era impossível que estivesse tudo ali dentro, naquele espaço de meros 2 centímetros de espessura.

Mas a verdade é que eu aprendi a não subestimar a capacidade de armazenamento de sujeira de certas coisas no mundo. O teclado tem vários amigos nesta categoria, como o conector do celular para o carregador, unhas, umbigos, livros, aparelhos de ar condicionado etc.

Mas nada no mundo – NA-DA – rivaliza mais com o teclado do que o ouvido. Os dois realmente aparentam não ter tanto espaço assim, mas ele se multiplica toda vez que você vai limpá-lo. Eu, particularmente, nunca fez aquela limpeza do ouvido no otorrino, mas dizem que é incrível.

O seu moço começa a enfiar um líquido orelha adentro e quando você acha que não cabe mais, ele continua e continua e continua e continua. Mas bizarro mesmo é na hora de sair, que, pela quantidade, dá a impressão que tá escorrendo seu cérebro liquefeito junto. São litros de líquido com sujeira de todas as merdas que você escuta ao longo dos seus dias (piadas do Faustão, Lady Gaga, torcedor botafoguista etc) solidificadas em cera.

Cara, parece tão grande que dá até pra se perder lá dentro. Vai ver é pra lá que vão as meias que somem e acabam sem pares...