terça-feira, julho 27, 2004

Guerra dos sexos

A guerra dos sexos, na minha opinião, é algo muito idiota. Não entendo muito bem a diferença que há entre homens e mulheres, fora a questão XX e XY. Porque, de resto, são todos iguais...

São todos inseguros, adoráveis, ciumentos, maravilhosos, invejosos, perfeitos e completamente disfuncionais.

Mas, devo admitir que a questão genealógica tem um peso, eu diria, interessante: enquanto os homens querem o que pertence às mulheres, elas querem o que a nós pertence.

Sim, se eu fosse mulher provavelmente, numa noite de inveja incontrolável, esperaria meu parceiro dormir e tomaria seu bilau para mim! Cortaria fora e o guardaria com todo o cuidado, meu maior tesouro!

E não entenderia de modo algum as reclamações de meu namorado. Aquilo era tão precioso para ele quanto o seria para mim. Uma mulher sem um pau é como um homem sem um par de seios.

Isso porque eu – já que não sou uma mulher, mas sim um homem e já tenho meu instrumento – me controlo para não agarrar a todo momento os peitos de minha namorada. Eles me atraem profundamente, como dois imãs apontando minhas mãos e boca em sua direção.

Eu quero, eu preciso, eu necessito deles para mim, são meus bens mais preciosos guardados nela.

Mas nada mais deliciosamente maldoso e pervertido da parte do Criador – tornar aquilo que um mais sente como indispensável para sua existência parte de seu oposto em gênero. É Sua maneira de dizer “Guerra dos sexos? Pra quê? Juntem-se e aproveitem-se!”.

E eu assino embaixo!

sábado, julho 24, 2004

Ai ressaca filha da puta!

Engraçado como a bebedeira te provoca algumas reações inusitadas no dia seguinte. Além do enjôo e da dor de cabeça, vem aquela caganeira.

Mas o pior de tudo nem é isso! Não sou uma pessoa de comer frutas, legumes ou verduras. Como já disse anteriormente, essas coisas naturais me fazem mal.

Mas, após uma noite de perdição etílica, eu tenho impulsos no dia seguinte de comer esses bagulhos. Eu avanço na salada, como uma frutinha ou duas e ainda tomo vitamina de muitas frutas! Acho que é uma forma de compensar o meu corpo pelo estrago que eu fiz na noite anterior...

"Vem, agora vou te alimentar direitinho e você vai ficar bem de novo. Prometo que nunca mais vou beber. A partir de hoje, vou me alimentar direitinho pra fazer você feliz."

O pior de tudo é que ele cai nesse papo de malandro! Meu corpo é muito otário mesmo... Eu, se fosse ele, me recusaria a melhorar e me deixaria uma semana de ressaca.

Corpo burro!

terça-feira, julho 20, 2004

As geladeiras possuem um defeito de fábrica crucial!

Eu descobri isso hoje, quando fui ver o que tinha pra comer.

Eu tava deitado no sofá da sala, assistindo televisão, quando me bateu uma fome. Depois de muito brigar contra a preguiça, levantei-me e fui ver o que tinha na geladeira. Eu a abri e.... NADA!

Isso mesmo: NADA! Eu estava esperando que saísse lá de dentro vários pratos prontos, um mais magnífico que o outro, perfilando na minha frente ao estilo “A Bela e a Fera”!

Todas as comidas dançando, cantando, marchando em minha direção e implorando para serem devoradas por mim. “Me escolha! Não, escolha a mim! Eu não tenho cebola! Olha como sou fogosa – eu tenho pimenta!”. Seria mais ou menos o que eu visualizo quando vou a um restaurante self-service...

Mas não! A comida permaneceu parada, presa em seus vários e minúsculos tapewares. Não há como sentir vontade de comer nada dessa forma! Meu tesão alimentício foi se esvaindo até que eu desisti de vez.

Mas também, como você pode avaliar decentemente o que há para comer na geladeira se ela não está arrumada como em um bufê, pelo menos? Você fica procurando algo delicioso lá dentro e tudo o que encontra são aquelas comidas murchas e geladas... Blergh!

E você ainda vai ter que se dar ao trabalho de requentar! Ou preparar algo, o que é pior ainda! Não é a toa que eu abro a geladeira à procura de comida e não acho nada. Ali tem tudo, menos comida!

O dia em que serei mais feliz (“mais feliz” talvez não, mas estará definitivamente no meu TOP 3) é o dia em que inventarão a geladeira na qual se guarda alimentos arrumados e quentinhos. Só a espera de serem saboreados! Sweeeet!!!

segunda-feira, julho 19, 2004

Fim de semana

Meu pai viajou de sexta a domingo, deixando a casa só pra mim. É claro que eu chamei minha mala-metade pra ficar comigo. O que resultou numa revelação ótima! Nesse fim de semana eu tive um vislumbre de como será minha vida morando a sós com a Carol.

Na sexta, resolvemos alugar um filme: “Lost in Translation” (o título em português não faz jus ao título original). Bom, fomos na locadora, mas só tinha em DVD. Alugamos mesmo assim e levamos pra minha casa, crente que iria rodar no meu computador.

Bom, além de o meu drive de cd não ler DVD (apesar de eu ter afirmado categoricamente que o fazia), não consegui botar pra funcionar o drive do computador do meu pai. Assim, à uma da matina, resolvemos que queremos realmente assistir ao filme e partimos para a casa da minha mãe.

Chegando lá, tenho que tocar a campainha para entrar (quebrei a chave tentando usá-la na fechadura da casa do meu pai). Minha mãe atende a porta puta e morrendo de sono, dá um esporro e volta a dormir. O filme é tão bom quanto eu lembrava.

Sábado minha mãe chamou a gente pra ir assistir a um filme na casa dela. Comprei várias comidas (sempre no cartão dela) e parti pra lá. Filei comida, bebi vinho e ainda assisti a filminho...

Mas o melhor: depois do fim do filme, minha mãe foi dormir. Eu e a Carol, que estávamos de olho na macarronada que a gente viu na geladeira, roubamos com a tigela e tudo e levamos pra casa do meu pai. Café da manhã? Advinha!

Domingo? Retorno do meu pai no meio da foda. Mudança pra casa de mamma. E o saldo de um fim-de-semana ótimo!

E-mail de minha mãe (pra mim e pra Carol):
“onde está o meu macarrão que seria o meu almoço de hoje.

Vocês seqüestraram é?
Sacanagem...
Beijos
Ana”

segunda-feira, julho 12, 2004

Por que comprar papel higiênico com cheiro de pêssego?

Até a última vez que eu conferi, meu cu não sentia cheiro algum...

sábado, julho 10, 2004

Uma semana de estágio

Medo!

Primeiro dia: sou apresentado às pessoas. Todos me recebem com um
“Bem vindo! Que bom que você está aqui!” tão entusiasmado que eu fiquei com medo. “O que essas pessoas querem de mim?”, pensei. Teve gente que chegou até a me abraçar! Pessoas que eu nunca havia visto na vida. Mais parecia que estava sendo recebido numa igreja evangélica como o mais novo convertido...

Segundo dia: Chego e encontro com uma mulher que eu não havia conhecido no dia anterior. Ela é linda, mas tem um pé enorme! Muito simpática me entrega um manual de políticas, cultura organizacional e organização da Shell América Latina. Um calhamaço de 500 páginas, em inglês, com uma porrada de abreviações e siglas que eu não faço a mínima idéia do que sejam. Ela me diz, com a maior naturalidade do mundo, que era bom eu dar uma lida pra ficar a par da organização. A Bíblia da Shell.

Todo mundo acredita no que faz. Todos são super entusiastas das políticas da Shell, de como a empresa é boa para com o funcionário e que tudo está muito bom. É como se fosse uma religião: a Gestão Empresarial! E são todos fanáticos.

A diversão do ano é a festa de natal da companhia. Parece que essa é a única oportunidade das pessoas se divertirem “fora do escritório”. Músicas - eu diria gospell, mas na verdade são "músicas de escritório" -, brincadeiras saídas de dinâmicas de grupo e bebidas, muitas bebidas!

Acho que o pessoal já sacou que eu não estou muito empolgado com o que a Shell tem ou não como política para os funcionários. Acho que eles perceberam que eu não me entusiasmo nem um pouco com cultura organizacional ou com o organograma funcional, o quão eles são inovadores.

Será um estágio solitário. Eu e aqueles personagens saídos diretamente de “Os Invasores de Corpos”.

segunda-feira, julho 05, 2004

Sobre o piquenique?

Somente um comentário:

Eu sei que faço jus aos inimigos que adquiri.
Mas não sei se mereço os amigos que possuo.


E tenho dito...

sexta-feira, julho 02, 2004

Meia-metadinha

Presentes são coisas bem interessantes. Você os recebe, teoricamente, para fazer VOCÊ feliz. Mas se não é do seu gosto, ainda assim você tem que sorrir e fazer de conta que adorou.

Teve uma vez, num amigo-oculto, que uma menina me deu um par de meias. Eu peguei aquilo e pensei “Meias? Como assim?”. Aí ela veio e falou pra eu abrir pra ver se cabia. “Bom, tá certo que eu sou grande, mas as meias são elásticas, né?”

Quando eu abro é que vem a surpresa: era uma meia pela metade. Uma meia-metadinha! Rapaz, eu fiquei muito espantado. Acho que cheguei a perguntar pra que servia aquilo. Calcei o tal protótipo de meia, que só coube até o calcanhar, e fiz cara de “muito satisfeito”.

Mas realmente, pra que serve uma meia pela metade? Ainda descobri que vale mais do que uma meia inteira! Como? Tem metade do pano!

Pessoas fashion vieram me dizer que é pra você colocar quando estiver usando sapato com bermuda, pra meia não aparecer. Mas aí é só dobrar a meia...

Isso não faz o menor sentido! E eu ainda sou chamado de jeca! Esse pessoal não tem o que inventar mesmo...