quarta-feira, março 17, 2010

Controle é pra quem pode

Un intento en español.

Controle é pra quem pode. Eu não posso.

Como celular tocando. Eu odeio celular e preferia mil vezes não ter essa merda comigo. Mas tenho que ter, não tenho escolha. Ele vive tocando nos momentos mais inconvenientes, atrapalhando minha vida. Adora tocar quando estou em reunião, entrando num ônibus, ou quando estou praticando intimidade com a metade-cara [essa geralmente é minha mãe – não sei como, mas ela tem um faro pra essas coisas].

Você poderia dizer “ah, então é só não atender ao bicho”. Mas fala sério, eu não consigo deixar de atender aquela merda. O tamagotchi ali falando que tá com fome e eu fingindo que não é comigo? Não dá...

Outra coisa, e é o que eu mais odeio, é a cartinha do outlook no canto da barra de tarefas do computador avisando que chegou um ê-mala novo. Cara, chegou um ê-mala novo, eu nem penso mais, já abro diretamente. Paro o que for pra ver o ê-mala novo. Quer me impedir de trabalhar, passa o dia me mandando ê-mala a cada 10 segundos.

Mas o pior é que eu pus uma regra no outlook que determinados ê-malas inúteis, mas que eu tenho que receber, saem do inbox diretamente pra uma pasta e ficam como lidas. Só que a merda da cartinha no canto da barra de tarefas não entede isso e fica apontando que tem ê-mala nova.

Aí mesmo que eu fico maluco! Porque EU SEI que não chegou ê-mala novo, mas sempre duvido de mim mesmo [ou não resisto à compulsão, um dos dois] e vou lá no outlook conferir se chegou um novo ê-mala. E não chegou. Esse é o momento em que IMPLORO pra alguém me mandar um ê-mala novo, só pra tirar a maldita cartinha do canto da barra de tarefas de lá.

Fuck Bill Gates!

segunda-feira, março 15, 2010

Pé baitola

Como diriam os filósofos da minha família, “gosto é que nem cú, cada um tem o seu e ninguém mete o dedo no meu”. E sim, o cú é com acento mesmo que é um cu diferente, dito com mais ênfase, sabe?

Voltando, gosto é de cada um. Eu, particularmente, não gosto de várias músicas que a metade-cara gosta, mas eu acabo escutando.

E é nesse momento que eu fico puto com o meu pé.

Eu sou daqueles que não sabem dançar e que fica sempre um paramédico na beira da pista de dança toda vez que eu vou lá só pra caso de nessa vez ser realmente um ataque epiléptico.

Mas, em dias mais contidos ou com menos álcool, eu tendo a ficar sentado no meu canto. E é nessa hora que meu pé toma vida própria.

Antes que eu perceba, lá está ele marcando o ritmo da música tocando. Ele é muito atento e tem uma noção de ritmo muito melhor do que eu. Tenho até que ter umas aulas com ele, nesse sentido.

Até aí, tudo bem. É uma festinha, é uma boate, é um bar – não tem nada demais em ficar marcando o ritmo com o pé.

Mas é no momento em que toca uma música ruim que ele me desgraça. Quando a Carol vai lá e coloca aquele bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e eu fico fazendo toda a minha cara de nojo e descontento, lanço meu discurso sobre o quanto me desgosta isso aí, que o maldito vai e começa marcar o ritmo.

Ele me entrega!

Sacanagem!

Eu sinceramente não estou gostando da merda da música mas ele não para de marcar o ritmo. Me desmente na frente de todo mundo, me faz de enrustido e ainda me entrega de viado!

Porra! Podia pelo menos escolher umas músicas menos “alegres” pra fazer isso.

Sinto que o meu pé é que nem o Kevin Kline em "Será que ele é" - não que eu seja, mas o meu pé também não consegue se controlar quando a música toca.



Sacanagem!

Não tem nada pior pra acabar com pose de machão de um cara que um pé baitola.

Só homem que gosta de cachorro quando vê um cão. Mas isso já é outra história...


*****

Un intento en español


Pie maricón

Como dicen los filósofos de mi familia, “gusto es como culo, cada uno tiene el suyo y nadie mete el dedo en el mío”.

Gusto es de uno. Yo, particularmente, a mi no me gustan a varias músicas que a mi mitad-cara le gusta, pero siempre las escuchamos.

Y es en ese momento que me caliento com mi pie.

Soy de estos que no saben bailar y que está siempre un paramédico el boliche siempre y cuando voy allí por el caso de que esa vez ser realmente un ataque epiléptico.

Pero, en días más reprimidos o con menos alcohol, yo suelo quedarme sentado en mi rincón. Y es en esa hora que mi pata crea vida propia.

Antes que me dé cuenta, ahí está ella marcando el ritmo de la música que toca. Ella es muy atenta y tiene más ritmo que yo. Tengo que tomar unas clases con ella.

Hasta este punto, todo bien. Es una fiestita, es un boliche, es un bar – no pasa nada marcar el ritmo con el pie.

Pero es en el momento en lo cual empieza um tema malísimo que él es mi desgracia. Cuando Caro pone esto bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e yo me quedo con toda esta cara de asco y enojo, arranco con mi discurso sobre lo tanto que a mi no me gusta nada de eso, que la maldita pata empieza marcar el ritmo.

Ella me entrega!

Maldita!

A mi sinceramente no me está gostando la mierda de la música pero ella no para de marcar el ritmo. Me desmente frente a toda la gente y, por encima, me pone de maricas!

Fuck! Podía al menos elegir uns temas menos “alegres” para eso.

Siento que mi pata es como Kevin Kline en "In & Out" - no que yo sea maricón, pero mi pie también no logra controlarse cuando la música empieza.



Maldita!

No hay nada peor para acabar con pose de macho de un hombre que una pie maricón.

quinta-feira, março 11, 2010

O Beavis & Butthead interno

Não sei se é algo exclusivo meu – e, por extensão, dos meus amigos – mas acredito que seja algo por que todos deveriam passar às vezes, só pra liberar um pouco do estresse e da quantidade de besteiras que carregamos na cachola.

Sabe o momento em que você está conversando com seus amigos e começam a falar besteira? Aí você solta um tema com uma coisa boba e outro amigo continua e dá corda? Aí vai um terceiro e depois um quarto?

Bom, isso é, na verdade, um ataque de bobeira coletivo. Mas, o que eu acho engraçado nesse momento são as risadas. Porque ficamos exatamente igual a Beavis & Butthead, com aquela risada retardada entre cada coisa que falamos.

-Hehehe. A gente tá rindo que nem Beavis & Butthead. Hehehehe.
-Hahaha. É mesmo. Hahahaha.
-Hihihi. Só falta a gente sentar no sofá em frente à TV. Hihihi.
-Heheheh. Isso! Ou tirar as calças e colocar a camisa sobre a cabeça dentro de um avião gritando que somos o “Cornolho” e que queremos o seu “bunghole” enquanto atacamos o piloto. Hehehehe.
-Hahahha. É mesmo. Hahahha [tem sempre um que só fica falando “é mesmo” => drongo]

Enfim, deu pra ter uma idéia, né?

Eu tenho alguns amigos que sempre que a gente se encontra rola uns papos assim. Ainda mais regados de álcool.

A questão é que meu exílio meio que me afastou do convívio dessas pessoas. E ter esse momento em outra língua que você ainda está tentando dominar é que nem girar suas mãos ao lado da cabeça cada um num sentido; um em sentido horário e outro em sentido anti-horário. Complicado...

[-Hahaha. Que nem beijar cotovelo. Hahahha.
-Hehehe. Que nem chupar manga e assoviar ao mesmo tempo. Hehehe.
-Hihihi. É mesmo. Hihihi.]

Bom, para contornar este meu problema lost in translation [Hahahaha. “Lip my sock.” Hahahah. Hihihi. É mesmo. Hihihi.], alguns amigos tiveram a bondade de criar um grupo de ê-malas para podermos manter estes tipos de discussões de alto nível: updateintestinal.

Sim, nós falamos sobre isso mesmo que parece que falamos. Nós precisávamos de algo que incitasse o início das conversas. E, além do que, se é pra falar merda, que comecemos pelo sentido mais literal da expressão.

Não vou dizer que é o mesmo que fazer ao vivo, mas dá para dar boas gargalhadas na frente do computador. Isso dá.

EU RECOMENDO!

*****


Intento de escrivir en español

El Beavis & Butthead interno

No sé si es como exclusivo de mi persona – y, obvio, de mis amigos – pero creo que sea una cosa por la cual todos deberian pasar a veces, solo para libertarse un poco del estrés y de la cantidad de boludezes que llevamos en la cabeza.

Te ubicas el momento en lo cual uno está charlando con sus amigos y empiezan a hablar tonterías? Inmediatamente vos arrancás con un tema tonto y otro amigo sigue y pone más onda en la charla? Entonces un tercero arranca y despues un cuarto?

Bien, esso es, en realidad, un ataque de boludez colectivo. Mas, lo que ami me parece gracioso en esse momento son las carcajadas. Porque lucimos exactamente igual a Beavis & Butthead, con essa risada tarada entre cada palabra que hablamos.

-Jejeje. Estamos carcajando igual a Beavis & Butthead. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja.
-Jijiji. Ahora solo falta que sentemos en un sillón frente a la TV. Jijiji.
-Jejeje. Esso es! O sacar los pantalones y colgar la remera en la cabeza dentro de un avión gritando que somos el “Cornollo” y que deseamos el “bunghole” de la gente mientras atacamos al piloto. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja [hay siempre uno que habla solo “esso es” => zapallo]

Finalmente, uno ya se dió cuenta de que hablo, ¿no?

Yo tengo algunos amigos que siempre que nos vemos arrancamos con estas charlas dementes. Todavía más si llenos de alcohol.

El tema es que mi exílio como que se me dificultó el convivir de essa gente. Y intentar hacer lo mismo en otra lengua que uno todavía intenta dominar es como girar las manos al lado de la cabeza cada una a un sentido; una en sentido horario y la otro en sentido anti-horario. Complicado...

[-Jajaja. Como besar el codo. Jajaja.
-Jejeje. Como chupar manga y silbar al mismo tiempo. Jejeje.
-Jijiji. Esso es. Jijiji.]

Bien, para contornar este tema lost in translation [Jajaja. “Lip my sock.” Jajaja. Jijiji. Esso es. Jijiji.], unos amigos tuvieron la buena onda de crear un grupo de mails para mantenermos estas clases de discusiones de alto nivel: updateintestinal.

Sí, hablamos de esso mismo que parece que hablamos. Necesitávamos de algo que estimulara el comienzo de las charlas. Y, además, si es para hablar mierda, que empiezemos por lo sentido más literal de la expresión.

No puedo decir que es lo mismo que hablar en vivo, pero uno puede carcajar bastante frente a la computadora. Esso es.


LO RECOMENDO!

terça-feira, março 09, 2010

Gordo não, gordinho

Ser gordo e ser gordinho são coisas completamente distintas.

Eu, por exemplo, estou meio gordo, mas sou totalmente gordinho.

Gordo é um estado físico, uma forma geométrica, massa vezes a aceleração da gravidade ao quadrado sobre a balança.

Gordinho é um estado de espírito, é um traço de personalidade, é um estado do ser.

É pensar “o que vou fazer pra janta hoje?” e começar a babar com as possibilidades às 3h da tarde, logo depois do almoço.

É ter dois estômagos: um pra refeição e outro pra sobremesa.

É odiar encontrar uma metadinha no saco de pão porque sabe que isso não se faz e pão de verdade é pão inteiro.

É ter certeza que biscoito quebrado não engorda, simplesmente porque não é biscoito de verdade [vide acima].

É pedir jantares de aniversário. Sim, no plural.

É assistir a Super Size Me e bater a maior vontade de comer no McDonald’s.

É, quando criança, colocar o chiclete que tá mastigando num copo com açúcar dentro da geladeira pra poder almoçar e depois pegá-lo de volta pra continuar mastigando.

É definir por número de fatias de pizza o quanto que valeu a pena ir a um rodízio e não num a la carte.

É saber com certeza absoluta que ir num restaurante serve-serve definitivamente não vale a pena.

É, quando alguém perguntar o que vocês sente falta do seu país, responder com uma lista de comidas e refeições completas.

É lembrar das datas festivas pelos pratos comidos.

Enfim, é saber que não só um homem que se conquista pela barriga, mas qualquer gordinho no mundo. E vivam os gordinhos!




*****

Intento de una versión en español



Gordo no, gordicho

Ser gordo y ser gordicho son cosas completamente distintas.

Yo, por ejemplo, estoy como gordo, pero soy totalmente gordicho.

Gordo es un estado físico, una forma geométrica, masa vezes la aceleración de la gravidad al quadrado sobre la balanza.

Gordicho es un estado de espírito, es un rasgo de personalidad, es un estado del ser.

Es pensar “qué voy a hacer para la cena hoy?” y empezar a babear con las possibilidades a las 3h de la tarde, luego de almozar.

Es ter dos panzas: una para la comida y otra para el postre.

Es odiar encontrar una mitad pan porque sabe que esso no se hace a uno y que pan de verdad es pan entero.

Es estar seguro de que galletas rotas no engordan, simplemente porque no es galleta de verdad [vide arriba].

Es pedir cenas de cumple. Sí, plural.

Es ver a Super Size Me y le agarrar la mais grande gana de comer en McDonald’s.

Es, en cuanto niño, poner el chicle que está masticando en un vaso con azucar dentro de la heladera para ir a almozar y despues buscarlo de vuelta para continuar mascando.

Es definir por número de trozos de pizza lo quanto que valeu la pene ir a la pizza libre y no a un a la carte.

Es, cuando alguien preguntar o que uno extraña de su país, constetar con una lista de comidas y platos completos.

Es se acordar de las fechas festivas por las comidas.

Finalmente, es saber que no es solo un hombre que se conquista por la panza, sí cualquier gordicho en el mundo.

sexta-feira, março 05, 2010

Piada veeeeeelha...

Por que os portugueses gostam de deixar o bigode grande?

Pra ficarem parecidos com suas mães.

Rá.

Só pra aproveitar matéria ridícula sobre assunto ridículo sobre os patrícios: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1515972-17852,00-GRUPO+LANCA+CAMPANHA+POR+PORTUGAL+DE+BIGODES+NA+COPA+DO+MUNDO.html

quinta-feira, março 04, 2010

Prepare to evacuate soul in 10, 9...

Cara, acho que meu momento atual já deu.

Se fosse um seriado, personagens morreriam, surgiriam outros e ao invés de haver flashbacks, haveriam flashfowards.

Essa fórmula se esgotou. Tá na hora de uma outra fórmula. Estou procurando. Mas, como não sei o que fazer, acho que vou apenas torcar de cenário e manter a fórmula apenas com uma repaginada.

Ou, vou visitar o mesmo estilo, dando uma nova versao para um mesmo tema.

Enquanto isso, sinto que minha alma se esvai aos poucos.

"We are the middle children of history, raised by television to believe that someday we'll be millionaires and movie stars and rock stars, but we won't. And we're just learning this fact. So don't fuck with us."

quarta-feira, março 03, 2010

Que irado!