Na verdade, era pra ser “
vida de marido cuja mulher está viajando e ele ficou sozinho em casa pra cuidar de tudo”, mas achei que ia ficar grande demais pra ser um bom título.
Fato é que estou sozinho em casa. É que nem criança: tá tudo desarrumado, durmo tarde assistindo TV, não lavo a louça, não escovo os dentes, não arrumo a cama e só como besteira.
Segunda-feira, cheguei em casa do trabalho com fome e fui abrir a geladeira pra ver o que tinha pra comer. Achei um delicioso cachorro-quente, esquentei e mandei pra dentro feliz da vida.
Não sei se foi por causa da salsicha – que já devia estar na geladeira há umas duas semanas –, do pão – que tinha uns mofadinhos que eu tirei e comi o resto –, ou se foi alguns dos condimentos – eu sempre desconfio da maionese, ainda mais por que estava nos finalmentes do pote.
Fato é que na madrugada desse dia brinquei de ser flor: passei a noite plantado no vaso.
Quem disse que não é dura a vida de humem sem mulher?