quarta-feira, dezembro 31, 2008

Ainda sobre o lado negro da Força

Segunda-feira, 21h17
ou, no meio da janta

-¿Hola?
-Hola. Poderia falar com a Fulana de Tal?
-Quem?
-Fulana de Tal.
-Não é aqui.
-Ah tah... Perdão.
-Não... [e desliga o telefone]

segunda-feira, dezembro 29, 2008

O lado negro da força

Não dá pra dizer que eu seja uma pessoa má, embora definitivamente uma pessoa escrota. Mas, volta e meia, bate aquela vontade de fazer maldade a torto e a direito.

Essa vontade pode ser despertada por alguma pessoa específica ou por um momento na vida.

São totalmente compreensíveis aqueles dias em que se odeia a humanidade. Ninguém presta. Todo mundo é inútil e merecia uma morte horrível e agonizante. Esse é o momento em que se é capaz de tudo pra fuder com os outros.

Gatos, não passem na minha frente; velhinhas, não venham pedir pra sentar no metrô; esse é o dia em que como feijão – só de sacanagem.

E quando é totalmente direcionado para alguém também não é nada agradável – pra essa pessoa, é claro. Porque pra mim, é a glória.

Eu volto a carregar o programa “irmão mais velho escroto” e faço de tudo para sacanear o infeliz que cruzou meu caminho. É um ataque soviético que só tem fim com a rendição do inimigo ou a Carol brigando comigo.

No entanto, além destes dias, há momentos na vida em que percebo o lado negro da força crescendo dentro de mim.

Hoje, estava andando na rua quando cruzei com um casal. Eles tinham uma criança num carrinho de bebê e o moleque estava dormindo tão pesadamente que chegava a estar com o pescoço torto 90º pro lado. Tive que refrear, com toda a minha força de vontade, meu ímpeto de dar um berro do nada para assustar a criança e fazê-la abrir o berreiro.

Não fiz. Mas fiquei bem imaginando a cena. Eu passando do lado do casal e inadvertidamente dando um gritão bizarro. Eles dando um pulo assustado pro lado. As compras caindo das mãos dele, ela quase virando o carrinho de bebê. A criança – daquelas com as bochechas rosadinhas, cabelos loiro-claro, enroladinhos e macios – abrindo um olhão azul espantado e, logo em seguida, abrindo um berreiro sem fim.

Hummm! A felicidade definitivamente está nos detalhes da vida.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Tá escorregando...

Por mais que eu reclame do Google e não deva nada a ninguém, devo admitir que há certos momentos em que eu dou uma escorregada e deixo meu lado, digamos, “sensível” aflorar.

Outro dia, estava em casa lavando louça, quando passou um comercial na TV que tinha aquela música “Dancing Queen”. De repente, me pego cantarolando a música e, pior, dando uma dançadinha estilo “Ou Tudo Ou Nada”. Ridículo!

Aí, estou na rua e passa por mim uma mulher com uns peitos enormes. Eu viro e comento com a patroa “que feios, né?”. O pior é que não estava fazendo média! Eu realmente achei feios. A mulher macérrima, com duas melancias penduradas, completamente desproporcional e duros. Feio que só.

A gota d’água foi no trabalho. Estava assistindo a um programa chamado “Fashion Classics” para revisar a legenda. Aí começou a aparecer todo aquele pessoal da moda internacional: Valentino, Cindy Crawford, Michael Korrs etc. Já sacou? Eu sabia quem era todo mundo!!!

Porra! A partir de agora, só assisto a futebol e só falo de mulher pelada nesse blog!




*- A dançadinha ridícula


Competição cabeluda

Descobri aqui perto de casa um lugar só de depilação que tem vários troféus na vitrine. Fiquei pensando com os meus botões “Que troféus são esses? De onde saiu tanto troféu?”.

Meu primeiro pensamento é que o lugar tinha comprado todos e exposto pra enganar possíveis clientes e dar uma de super premiado.

Mas depois considerei essa uma idéia meio boba. Afinal, quem se daria ao trabalho de premiar depilação? Quem daria um prêmio de depilação? Quem sabe o nome da premiação dos depiladores?

Até onde eu sabia, só existia dois tipos de depilação: a que saem todos os pelos e a que não saem todos os pelos. Não há meio-termo nesta questão.

Mas aí, logicamente, a imaginação já tinha rolado solta e só conseguia pensar no que seria uma premiação de depiladores.

Surreal.

Será que tem categorias, tipo “melhor perna até o joelho”, “melhor perna inteira”, “melhor buço”, “melhor buça” etc? Tem que ter!

E será que ficam várias mulheres [ou homens, sei lá] posando com sua parte competidora à mostra, uma ao lado da outra? Imagina um monte de mulher posando para a categoria “biquíni cavado”. E o pior! Imagina os juízes desta categoria avaliando o trabalho: “Abaixe mais, por favor. Abre. Lado direito. O outro lado. Obrigado”. E os comentaristas: “A região peri-anal ficou desleixada nessa menina... Que pena.”.

Esse é um reality show que eu assistiria “America’s Next Brazilian Wax”!

Problemas no trabalho

Sim, é isso mesmo. No meu terceiro dia no trabalho, já estou com problemas.

Que foi? Acontece com os melhores profissionais, tá?

Enfim, lá estou eu, feliz e serelepe no trabalho quando começo a conhecer as pessoas. Essa é fulana, essa é cicrana, essa beltrana [sim, tem muito mais mulher que homens] e esse é o chefe, Roberto.

Sim, Roberto.

Por que isso é um problema? Bom, aqui nas Argentinas os apelidos das pessoas são, sem exceção, as primeiras sílabas de cada nome. Estefánia é Esté, Romina é Romi, Carol é Caro etc.

Qual é o problema de Roberto? Bom, o problema é que Roberto aceita duas opções: a primeira é Róber.

A segunda é Ror. Sim, tipo “RRRRR”.

Cara, é foda! Não dá pra ficar ronronando cada vez que chama pelo seu chefe. Pô, eu não consigo.

E todo mundo só chama ele de Ror. Não dá. Até agora eu finjo que não percebi e só chamo de Róber. Muito mais seguro.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Me passa a farofa?

Está chegando o verão e as cervejarias argentinas começam a mostrar suas campanhas para fazer todo mundo ficar bêbado durante os três únicos meses do ano em que faz algum calor nesta terra.

Assim sendo, a InBev lançou um comercial muito intiriçanti para levar os argentinos a comprar muita Quilmes nas praias. Só que o comercial é pra lá de farofeiro! Vendo esse comercial, fiquei até com vergonha de pedir Quilmes no bar de tão farofeiro que é.

Por isso, resolvi fazer a versão brasileira do anúncio. Se você quiser assistir ao original, veja aqui.





P.S.: Destaque para a mulher cabeceando a bola. O que é aquilo???

E o Bruno Diaz?

Aliás, essa história de mudar nome de personagem do original para uma versão latina não acontece só com o Homero, não. Outro dia, eu estava felizão assistindo a uma sessão dupla de Batman na Warner [Batman, o filme e Batman, o retorno] quando me deparo com o senhor Bruno Diaz. Quem é o Bruno Diaz? É o hombre-morciélago em pessoa!

Agora, de onde eles tiraram Bruno Diaz de Bruce Wayne eu não faço idéia...

A Revolución Homero

Todo país possui os ícones que formam a identidade dele. São personagens, reais ou imaginárias, que personificam o que é ser daquele país. Na Argentina também é assim.

Se você vier a Buenos Aires, provavelmente passará pelo Caminito, um superestimado favela-bairro que consiste de duas ruas cheias de lojas de lembrancinhas, restaurantes com dançarinos de tango te servindo e sósias do Maradona.

Neste lugar, é possível perceber em tudo o que é vendido que há uma preponderância de quatro personalidades que são a essência Argentina. Estão em todas as camisetas, bolsas, imãs de geladeira e pôsteres.

São eles: Maradona, Evita, Mafalda e Homero. Quem é Homero? É o Homer Simpson. Sim, aqui por essas bandas os Simpsons são um sucesso absurdo e o Homer(o) é rei.

Se houvesse uma arrumação dessas personalidades por ordem de importância, da maior pra menor, ficaria assim: Maradona, Homero, Evita e Mafalda. Sim, Homero só perde pro Maradona [difícil competir com a “mão de Deus”] e fica à frente da Evita [foi mal Madonna].

Isso é muito engraçado, porque no Brasil Simpsons também faz um certo sucesso [não tanto quanto aqui, mas tem seus fãs]. Só que o personagem do desenho que é mais admirado e reproduzido é o Bart, o filho fazmerdinhadaestrela. Não sei se por sua característica de malandro e que sempre tenta se dar bem ou se simplesmente por efetivamente só fazer merda, é ele quem tem um maior apelo ao público brasileiro.

O que isso diz do argentino então? O que faz do Homero um personagem tão querido e admirado, aquele com que todo argentino se identifica? Seria sua burrice? Sua barriga de cerveja? Sua incompetência? Sua capacidade de se dar mal o tempo todo? Todas as anteriores?

Quem sabe? Fato é que vou comprar minha camisa da “Revolución Homero” [uma em que ele aparece estilizado como se fosse o Che] e me misturar na multidão.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

A vida

Passar o final de semana bebendo cerveja e comendo besteria faz a vida ser muito mais interessante na segunda-feira.

sábado, dezembro 13, 2008

¡Bienvenido!

No meu primeiro dia de Argentina eu estava muito animado. Acordei tarde e fui dar uma passeada pelas redondezas para conhecer um pouco o quarteirão. Tudo muito lindo, umas árvores bem cuidadas, parques de três em três quadras, um monte de cachorro simpático e pessoas bem vestidas devido ao frio.

Tudo muito bom e agradável, uma excelente primeira experiência porteña. Aproveitando o passeio, entrei numa loja que dizia estar liquidando o estoque porque ia fechar. Aí pensei com os meus botões “tá frio como o diabo e eu não tenho muita roupa pra suportar. Melhor aproveitar a promoção e comprar logo umas roupas legais pra aturar a friaca, certo biscoito?”

Entrei na loja e o vendedor não percebeu. Comecei a mexer nos cabides e acabei fazendo algum barulho. Ele, que estava sentado num canto da loja, olhando pra baixo enquanto lia um livro, notou minha presença. Levantou a cabeça do que lia, olhou pra mim com uma cara que misturava um profundo desprezo e uma irritação por quem atrapalhou o que fazia. Me olhou, não falou nada e simplesmente voltou-se para a interessante leitura.

Meio espantado e um pouco nervoso pelo comportamento de repulsa do vendedor, não entendi o que estava acontecendo. No Brasil, os vendedores pulam em cima de você assim que você passa o olho na vitrine da loja e fazem de tudo pra você comprar qualquer coisa. Como aquele cara que queria acabar com o estoque pra não sair muito no preju ao fechar a loja tinha simplesmente cagado pra mim?

Aí a realidade bateu de frente em mim e percebi que diferenças culturais são assim mesmo: você tem que aceitar e seguir adiante. Instantes depois de baixar os olhos de volta ao livro, ele levantou sua nádega esquerda, soltou um sonoro e cheiroso peido, baixou a nádega esquerda e continuou a leitura.

O que eu fiz? Aceitei, saí da loja e segui adiante. A vida ensina cada coisa...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Plágio

Os argentinos leram meu blog e encontraram o conceito para seu esportista ideal: o baixo-pança.

Já havia algumas campanhas de marcas ligadas ao esporte que indicavam esse caminho a seguir. Um exemplo é a campanha da Gatorade: “Funciona para los futbolistas que trabajan de otra cosa”.





Genial! É o baixo-pança surgindo.

Mas ainda não tinham chegado à perfeição do conceito que a nova propaganda da Adidas alcançou. Ele é o baixo-pança em sua totalidade, sua potencialidade levada ao máximo.

Assistam e deleitem-se:



Vou cobrar direitos autorais.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

¿Qué?

O que aconteceu nestes quase três meses de vida porteña? Não muito.

Achei que sabia espanhol e que conseguiria um emprego fácil. Achei que as visitas só trariam felicidades. Achei a cidade linda e meu bairro mais ainda. Achei novos amigos. Achei decepções comigo mesmo. Achei [um pouco] de depressão. Achei companheirismo. Achei um curso muito bom. Achei as ruas. Achei as casas. Achei o Rio, de novo. Achei meu trabalho anterior me falando como eu mandava bem – e como eu mandei bem de me mandar de lá. Achei confiança renovada. Achei o tango. Achei as pessoas. Achei a conversa despretensiosa de bairro. Achei o Gilberto Gil. Achei a Madonna [e escapei dela]. Achei Perón. Achei os parques. Achei as feiras de rua. Achei meu espanhol. Achei a corrida. Achei o Projeto Menino do Rio 2009 – Missão Buenos Aires. Achei meu blog. Achei meu outro blog. Achei meu bloquinho de pensamentos. Achei minhas pesquisas. Achei meus projetos. Achei um trabalho. Achei minha [nova] vida.

E você, o que achou?

terça-feira, dezembro 09, 2008

Há pouco tempo atrás

Às vezes você para e tudo à sua volta para junto. Ficamos todos neste momento entre momentos, em suspenso.

Nessa hora, você lembra da frase “Deus ajuda aos bons de coração” e entra em paranóia.

Você é bom de coração?

Você crê em Deus?

Ele crê em você?

E quando a paralisia parece subir pela sua coluna deixando seu corpo pouco a pouco paraplégico e depois tetraplégico e, por fim, vegetativo, seu cérebro – a última parte de você funcionando – vira para você e fala “sai dessa”.

E você o faz.

Então sai do momento entre momentos e volta pra vida.

Life is what happens to you while you’re busy making other plans.
[John Lennon]

sábado, dezembro 06, 2008

O Google acha que sou baitola

Muito recentemente, coisa de há 5 dias, eu liberei o Google Adds no meu blog. Não porque creia que vou ganhar muito dinheiro com isso. Acho que nem eles crêem que vão conseguir alguma coisa no meu blog, só fizerem por peninha.

Fiz porque queria ver do que se tratava na íntegra e no que ia dar. Enfim, sem trabalhar fico entediado.

Fato é que, desde então, tenho reparado nos anúncios que entram no meu blog. Eu sei que eles são aleatórios de acordo com o tema das postagens, para que seja uma “mídia integrada ao conteúdo” [onde já ouvi isso antes?].

Mas os anúncios que têm aparecido no meu blog têm me deixado um pouco irritado e um tanto quanto inseguro em relação à minha masculinidade. Das cinco chamadas, há sempre três com o tema “homens” [homens de cueca, homens peludos e homens gostosos] e dois extremamente entregadores [fachadas de casas e roupas].

Porra Google, coe! Sou macho, cacete!!! Leva estes “homens peludos” pra outro blog aí e traz umas coisas maneiras pro meu!!!

Vacilo...

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Definição do dia: Cola-Brinco

No vídeo a seguir, a amiguinha Liciane mostra o que é um verdadeiro e bem dado Cola-Brinco.



Obs.: Não tentem reproduzir em casa. Profissionais altamente treinados foram utilizados para realizar este demonstração.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

O Complô Rocky 3

Desde que nos mudamos para BAires, as diferenças de vida são o que mais nos chama atenção no dia-a-dia cotidiano de todo dia diário.

Uma das coisas que mais no chamou a atenção positivamente é o fato de que aqui é comum não ter lavadora de roupa em casa – todos usam uma lavanderia da sua rua.

É lindo! Você separa suas roupas em casa de acordo com a cor, liga pro seu moço e ele vem buscar. No dia seguinte, a roupa volta limpa! Não só limpa, como macia, cheirosa, quentinha e semi-passada.

Sim, porque depois de secar, eles dobram, então a roupa vem praticamente passada! Coisa lindja de Deus. E nem é caro!

Mas, como tudo nas Argentinas, tem seus prós e seus contras.

Recentemente, me bateu uma certa melancolia originada na parte de baixo da minha barriga. Ela tem aparecido demais por baixo das camisas. Fiquei meio bolado de ter engordado por essas terras onde só se come massas e carne com batatas. Mas nem, emagreci 4 quilos desde que saí do Rio [valeu Erika por notar!!!].

O motivo do meu baixo-pança estar aparecendo tinha que ser outro. Descobri, então, que a maior parte das minhas camisas encolheu desde que vim para em terras porteñas.

Aí tudo fez sentido. Como todos já sabem e eu já cansei de escrever por aqui, as Argentinas vive em plena década de 80. Da música à moda, da economia maluca aos bancos sem Internet banking, da falta de moedas pra pegar ônibus ao metrô sem ar-condicionado, das merdas de cachorro espalhadas pelas calçadas ao penteado maluco das mulheres [sim, é tudo uma merda]. É toda uma sociedade que consume e produz a década de 80 como modelo de vida.

Assim, as lavanderias dão sua contribuição para manter este status quo retardatário voltando com a moda Rocky 3 de baby look para homens.

Assim, eu – com o Projeto Menino do Rio 2009, Missão Buenos Aires a pleno vapor –, não poderia deixar de adotar a moda pança séczi e andar de cabeça erguida e barriga arriada pelas ruas desta cidade que nos recebeu de braços abertos em seu seio.



segunda-feira, dezembro 01, 2008

A incrível confiança da merda por acontecer

Quando eu era mais moleque [e 30 quilos menor], eu costumava ir muito à praia. Vivia lá com uns amigos.

Não gostava muito de ficar só de sunga – achava, e ainda acho, que é muita exposição das mixarias das pessoas. Então sempre colocava uma bermuda de surfista por cima.

Bom, uma vez lá estava eu na praia, recém-chegado e feliz de estar ali. Eu me senti o rei da praia, como se não houvesse outro lugar no mundo onde pudesse estar naquele momento.

Como tinha um dinheiro no bolso, resolvi ficar só de sunga pra cair na água. Com toda a certeza no mundo do que estava fazendo fui e baixei a bermuda de uma vez. Dobrei direitinho e coloquei sobre o chinelo pra não sujar muito de areia.

É engraçado como, quando você está prestes a cometer uma besteira, você não pensa nem por meio segundo que poderia dar errado. Você está totalmente confiante de si, crente que você é tão bom que nada pode dar errado no mundo.

Enchi o peito de ar, abri os braços e pensei comigo “a vida é boa! A praia é minha, meus amigos estão todos aqui e o sol está perfeito. Não há nada no mundo melhor que isso!”

Então percebi que havia muito frescor nas mixarias. Olho pra baixo e lá está meu cuecão Zorba [com aquele espaço por onde saía o passarinho da propaganda] exposto pro mundo apreciar.

Rapidamente me joguei no chão, vesti minha bermuda deitado na areia e decidi que aquele dia não tava bom pra praia, não, afinal de contas, e fui-me embora de lá. Não sei se alguém percebeu e nunca comentou comigo ou se passou em branco, mas aprendi minha lição.

Nunca acredite em si mesmo: a confiança é irmã gêmea da vergonha.