As sociedades civilizadas são outra coisa. Todo mundo me dizia que Buenos Aires era muito mais civilizada que o Rio e que as pessoas eram mais educadas.
Com certeza! Até agora só vi educação distribuída a torto e a direito.
Ao atravessar a rua, você se joga na frente do carro – se ele parar, você vai. Se não, você fica. Sim! Em qualquer lugar da cidade e não só no centro como no atrasado Rio de Janeiro.
Se você vai a um restaurante, faz amizade com o garçom [aqui devidamente chamado de mozo, como no Rio, mas muito mais chique porque tem um Z no lugar da Ç]. Todo mundo faz amizade, é uma coisa comum. Até porque, se você não fizer, você demora pra ser atendido, pra receber sua comida e, principalmente, pra receber a conta. Viu que avanço? Ninguém quer lhe entregar a conta pra pagar; que indelicadeza!
Agora, a mais distanciada educação que temos em relação ao Rio está nos momentos de incômodo dos porteños. Quando alguém se sente injustiçado, infeliz, ou puto mesmo, no alto de sua irritação inigualável, o argentino vai manda seu xingamento preferido: BOLUDO!
Sim! Nada de conjugar neologismos ou aglutinar xingamentos como o carioca e seu vil “putaqueopariucaralhoporra!”. Não. Bo-lu-do [ou bo-luuuu-do, como tenho certeza que a Antônia falaria].
E se você estiver realmente triste com a vida, o universo e tudo mais [resposta: 42], manda um PELOTUDO! Mas isso é muito forte e quase ninguém usa. O único caso que eu sei de uso deste palavreado tão feio é em final de campeonatos de futebol entre Brasil e Argentina que o Dunga seja o técnico e nossos hermanos perdem. Mas é compreensível...
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