Ou Breguice nunca sai de moda
Quando estávamos pensando em vir pras Argentinas começamos a fazer uma pesquisa sobre o lugar. Descobrimos que o país vive na década de 80. Mas nada como viver por aqui pra descobrir isso na pele.
Tem umas coisas sérias, tipo a economia. Ninguém tem dinheiro em banco porque o dinheiro desvaloriza muito rapidamente. Você recebe o salário, saca tudo e compras o que tiver que comprar imediatamente. Se bobear, perdeu.
O Governo briga com o pessoal do campo que resolve fazer greve. Aí a presidenta tem que mandar laçar boi no pasto, senão as cidades ficam desabastecidas. Eu, hein!
Agora, há outras coisas que são meio desconcertantes. Tipo a música. As rádios só tocam músicas americanas da década de 80. INXS bomba! Tears for Fears traz lágrimas ao rosto de cada adolescente. Nirvana é uma novidade!
As lojas também seguem essa tendência super chic. Só que as lojas mais caras dão uma leve disfarçada, aquele toque de chiquereza: elas tocam versões instrumentais dessas músicas em flauta boliviana. Sim! Que nem aquele grupo de bolivianos que toca no Largo do Machado e no centro. O fino da bossa!
Agora, a moda é coisa de outro mundo. Parece que todas as mulheres assistiram a Flashdance outro dia e acharam muito maneiro se vestir de legging preto, saia rosa-choque, polainas azuis e camisetas com gola cortada brancas. O último grito da moda!
Os cabelos estão ali: pau-a-pau. Só assistindo a Secretária de Futuro alguém poderá chegar perto da compreensão do que digo. Sim, há cabelos cheios de laquê no estilo Nanny Fine; sim, há cabelos repicados com as pontas em rosa-choque tipo Madonna em Who’s That Girl?; e, por fim, sim, há rabos de cavalo na lateral da cabeça estilo Xuxa [“E quem não quer, não é baixinho?”]. Não se esqueçam do All Time Classic argentino: os mullets. Para homens e mulheres.
Se você for muito novo e não sabe direito como era a década de 80, dê um passei o por Buenos Aires. É melhor do que as minhas lembranças!
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