quinta-feira, dezembro 28, 2006

Virada de ano

Não se deve começar um ano novo com o ano velho lhe pesando às costas. Deve-se iniciá-lo com o ano que passou sublevando-o.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Consumismo

- Você já pediu pro Papai Noel seu iPod?
- Não preciso. Eu tenho meu walkman.
- Como você não precisa? Como você vai escutar suas músicas?
- No meu walkman. É só fazer uma fita.
- Mas cabe muito pouca música! No meu iPod cabem mais de 700!
- Eu não gosto de tantas músicas assim. Eu tenho quatro ou cinco fitas que me satisfazem.
- E você não pode escutar as músicas que tem no seu computador.
- Eu tenho as mesmas músicas no meu computador. Não preciso baixar.
- E você escuta tudo na mesma ordem sempre? Como você consegue? Todo mundo já usa o iPod e precisa dele pra escutar suas músicas no modo aleatório e ter milhares de músicas!
- Eu não preciso. Não sou como todo mundo. Nem acho o iPod uma coisa tão importante e genial assim...
- Você já parou pra pensar que se tanta gente cria essa demanda por um produto ele necessariamente É maravilhoso e genial? Não pode tanta gente junta estar errada.
- Você já parou pra pensar que de repente essa demanda não foi criada pelas pessoas todas, mas sim pelo mercado e pela sociedade?
- Besteira! Como é que se podia escutar música sem o iPod da forma que eu escuto hoje?
- De que forma? Com os ouvidos?
- Hã?
- Antes as pessoas usavam discman e achavam genial, a coisa mais maravilhosa do mundo. Antes disso, as pessoas usavam walkman e não trocavam por nada no mundo. Antes mesmo disso, as pessoas saíam de casa com seu microsystem no ombro e não podiam querer nada em troca.
- Mas o iPod é muito mais do que isso tudo junto!
- É verdade que o iPod possui muito mais recursos que esses outros aparelhos, mas você ouvia música muito bem antes desses recursos existirem. Foi o mercado quem disse que o iPod é muito moderno e funcional. E você achou que não poderia ficar sem o mais moderno e funcional porque, afinal, se é mais moderno é muito melhor!
- Nem é...
- E foi a sociedade quem lhe disse que você não poderia ficar sem um iPod já que todo mundo usava e achava uma maravilha. Todo mundo demandava por um iPod. E você acreditou, achando que não poderia viver sem um...
- Poxa...
- Agora vem me dizer que você não consegue escutar música se não for num iPod? Que otário...
- Poxa, não é que você tem razão? Joguei fora meu discman à toa...
- E olha que a fita tem uma capacidade de gravação muito superior a do cd e do iPod – as músicas são mais fiéis e melhor gravadas.
- Poxa, eu nunca tive um walkman...
- Se quiser eu troco com você: meu walkman pelo seu iPod.
- Demorou!
- Otário...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Manifesto da Verdadeira Dança

Nós, signatários deste manifesto, afirmamos através deste documento nosso total desprezo por todas aquelas pessoas que se dizem, ou são ditas como, boas de dança. Salientamos que todas estas pessoas são, em verdade, falsos dançarinos e repudiamos seus modos e técnicas uma vez que estes constituem uma ofensa à Música e à Dança. Deixamos claro que as pessoas que verdadeiramente sabem dançar, aquelas respeitam e amam a Música e a Dança devem levar os créditos por tal capacidade e dom. A seguir exporemos as provas que corroboram com nossas afirmações, além de apontarmos aqueles que devem ser decididamente reconhecidos como virtuoses e verdadeiros discípulos da musa da dança: as crianças e os bêbados.

1- Todos aqueles que se utilizam de quaisquer movimentos repetidos e seqüenciados como forma de dança não estão dançando de verdade, uma vez que tais movimentos podem ser reproduzidos por qualquer um independente da existência de uma música ao fundo ou não – Exemplos são Axé e Macarena;

2- Por movimentos repetitivos e seqüenciados caracterizamos qualquer movimento que possa ser reproduzido a qualquer momento, por qualquer pessoa, bastando tão somente um pouco de memória e treino para efetuá-los;

3- Assim sendo, deixamos claro que qualquer técnica de dança existente hoje em dia ou em qualquer época da existência humana pode ser e efetivamente o é repetitiva e seqüenciada, uma vez que pode ser reproduzida por qualquer pessoa e ensinada;

4- Desta forma, qualquer forma de avaliação quanto às capacidades de dança de uma pessoa que exista hoje ou em qualquer época da existência humana está desqualificada como eficaz uma vez que leva em consideração a capacidade de uma pessoa de reproduzir movimentos repetitivos e seqüenciados;

5- Afirmamos que somente as pessoas que verdadeiramente sentem a Música são capazes de dançar de verdade;

6- Tais pessoas são as únicas que dançam de verdade por dois motivos: primeiro, devido ao fato de que tais pessoas precisam ouvir uma música para senti-la e, a seguir, dançar: sem música sua dança não existe;

7- Segundo, por serem as únicas pessoas que sentem as músicas, tais pessoas não estão presos a nenhum método ou racionalismo em torno do modo como dançam – eles simplesmente sentem a Música e dançam;

8- Deixamos claro que tais comprometimento e capacidade de abstração em relação à Música e à Dança não são possíveis de serem alcançados por qualquer pessoa, sendo estados de espírito e mental únicos e longe deste nosso cotidiano racionalista e metodológico;

9- Para alcançar tais estados de espírito e mental únicos acreditamos que seja preciso se distanciar deste modo de pensar e agir que rege o mundo de hoje – é preciso uma pureza de espírito que só é perceptível naqueles que são capazes de agir de forma aleatória e imprevisível;

10- Somente as crianças e os bêbados são capazes de alcançar estes estados de espírito e mental únicos – os primeiros por ainda não estarem infectados pelo nosso pensamento racionalista e metodológico, e os segundos por terem tido esse pensamento nocivo retirado de si, pelo menos por algum tempo, devido aos efeitos do álcool –, sendo, portanto, as verdadeiras pessoas boas de dança e as únicas com mérito para avaliar as qualidades de dançarinos de alguém.

Nós, signatários deste manifesto, nos comprometemos a seguir os exemplos dos verdadeiros virtuoses da Dança toda a vez que decidirmos praticar verdadeiramente a Dança. Nos comprometemos a repudiar os falsos dançarinos e suas formas de dança como simulacros vazios e sem sentido artístico verdadeiro. Por fim, nos comprometemos a divulgar nosso manifesto de modo a trazer a luz da verdade para iluminar a vida do resto da humanidade.

Aqueles que desejarem assumir estes compromissos e divulgar esta causa, assinem a lista abaixo e reproduzam este manifesto divulgando-o para o máximo de pessoas que conseguir.

1) Pedro Rocha

terça-feira, julho 18, 2006

Aula de Física

Nas aulinhas de pré-vestibular me ensinaram o que quatro anos de segundo grau técnico em eletrônica não conseguiram: cinética.

1. Os corpos se mantêm em movimento ou parados até que uma força externa atue sobre eles.
2. Um corpo no instante infinitesimal anterior ao início de um movimento é quando um corpo possui a maior quantidade de energia potencial que ele pode ter para o movimento.
3. A energia potencial é o tipo de energia que um corpo acumula em si quando da iminência de um movimento.
4. O total de energia potencial acumulada por um corpo define o total de energia cinética produzida pelo mesmo.
5. Quanto mais energia cinética, mais movimento o corpo produz.

Por que todas essas considerações físicas sobre os corpos? Neste momento, neste exato momento, eu sou energia potencial em seu estado mais puro.

Sou um corpo que só tem acumulado e acumulado energia, na espera – na ânsia – de gastá-la toda em movimentos.

Sou os pés do corredor ao soar do sinal de início da prova. Sou os dedos do arqueiro prestes a soltar a corda. Sou a bolinha de ping-pong arremessada para cima, parada no ar, esperando que a gravidade a faça cair contra a raquete do jogador. Sou o bispo na mão do enxadrista pronto para dar o xeque-mate.

Sou a inteligência nutrida de milhares de informações, produzindo milhares de pensamentos, frente a um papel em branco; mas sem ter um lápis para traduzir isto tudo em ação.

Sou o que ainda não é, mas tem tudo para ser.

segunda-feira, junho 19, 2006

Quando for ao Rio Sul, cuidado para não acabar na merda

Cara, por que que para cada banheiro de homem no Rio Sul, existe três de mulher e dois fraldários?

E por que que o banheiro dos homens é aquele mais escondido, naquela esquina mais difícil de encontrar e em um lugar onde antes não havia banheiro antes?

Fiquei um bom tempo procurando, andando com as pernas sem abrir muito, pra não dar mole pro azar!

Eu sei que me vinguei: enquanto tremia nas bases à procura do trono de porcelana, empestiei todo o andar da saraiva.

Espero que aqueles putos do Rio Sul tenham prejuízo por isso!

terça-feira, junho 13, 2006

Consideração a respeito da tal da monografia

"Trabalho duro rende frutos no futuro; preguiça rende frutos agora."

Dito isso, volto pra minha monografia (?)

terça-feira, junho 06, 2006

Meu corpo contra mim

Ou Uma Carta do Futuro

“É, a vida é uma merda”.Eu queria começar dizendo isso porque, no fundo no fundo, a vida é realmente uma merda.

Você ganha pra perder, sobe pra descer, nasce pra morrer. Tudo o que você conquista em seus anos de vida existe apenas pra serem tirados de você ao longo dos anos ou depois que você se vai.

Tudo menos o que eu tenho.

Nasci sob seu signo e, de certa forma, já tinha meu destino traçado. Engraçado como aqueles gregos malucos estavam certo sobre tantas coisas – inventaram a matemática, a filosofia, praticamente todas as ciências existentes. E ainda tinham os astrólogos.

Você realmente tem seu destino traçado pelos signos. Eles definem sua personalidade, seu parceiro, sua fortuna – o meu definiu minha morte.

Quem diria que minha morte seria eu. Que meu corpo totalmente amotinado se viraria contra mim e me levaria à minha própria destruição.

Será que isso conta como suicídio? E se contar, isso deveria ser um problema? Acho que não. Não sou religioso, muito menos católico.

Não acho que devemos julgar alguém que só quer o mesmo que todo mundo quer – que esse mundo absurdo e horrível melhore antes que ele se vá de vez. Só um pouquinho. Cada um tem sua solução pra essa questão. Alguns compram carro, outros meditam.

Alguns poucos voam.

Deve ser glorioso voar.

Mas, como meu corpo chegou antes de mim, nunca poderei levantar essa hipótese. Cada um se contenta com seu suicídio diário – fumar, beber, andar de carro, viver – o meu é só um pouco mais rápido e doloroso.

Enfim, a vida é uma merda. Mas voar deve ter sido glorioso!

segunda-feira, maio 22, 2006

1984 é logo ali

Nunca, após ter lido o livro, pensei que aquele universo de 1984 estivesse próximo da minha realidade. É claro que há coisas que você percebe como metáforas e referências, mas nada concreto, nada que se possa dizer “Ei! Isso existe mesmo!!!”.

Bom, lá estava eu em Madrid, em pleno passeio do Prado, local super turístico, completamente relaxado, quando resolvo tirar fotos dos prédios em volta. Percebo que entre eles há um ministério, mas o nome me pareceu tão irreal que tive que ler umas três vezes pra poder ter certeza do que estava lendo.

“Ministério de Sanidad y Consumo”. Será que existe algo mais IngSoc que isso? Creio que no mundo de hoje, consumista e com todas aquelas questões pós-modernas que a gente finge prestar atenção na faculdade, esse ministério faz total sentido.

Se o George fosse escrever 1984 hoje, provavelmente este seria um dos pilares do IngSoc: “Sanidade é consumo. Consumo é sanidade”.

Bom, achando que isso era coisa de espanhol maluco, chego ao Rio e, andando de carro pela cidade, vejo uma ambulância de um centro clínico bastante peculiar: Clínica de Psiquiatria Neonatal Fulana de Tal.

Tádesacanage! Clínica psiquiátrica pra recém-nascidos!!!??? Mas é claro que faz todo o sentido: bebês com complexos de inferioridade, se sentido abandonados por suas mães, com problemas existências – Quem sou eu? O que eu estou fazendo aqui? Lá dentro era tão mais legal e quentinho!!!

Enfim, não sei se é o mundo de 1984 chegando, se é loucura pura simples ou se sou apenas eu que estou doidão. Mas, por via das dúvidas, tirei uma foto do tal do ministério...



quinta-feira, abril 27, 2006

Conto

“Como ser fotógrafo de guerra: a câmera como vínculo com o conflito”. O título por si só não lhe levaria a ler o artigo da revista do avião, embora o assunto fosse até interessante. No entanto, naquela tarde, indo para sua cidade natal para enfrentar o funeral e enterro de sua mãe, seu ânimo não estava muito para textos interessantes.

O que realmente lhe chamou a atenção ao texto, foi o nome do autor: Roberto Gomes. Também conhecido como seu irmão. Achou que poderia ter uma idéia, mesmo que distante, de quem era o irmão. Não o que o levava a ter a profissão que tinha – isso ele já havia desistido há muito tempo –, mas sim quem ele era.

Dois irmãos, personalidades diferentes. Nada mais clichê do que isso, mas ainda o incomodava. E incomodava ainda mais no dia de hoje, ao perceber que teria que ligar para ele e contar do ocorrido.

Ainda se lembrava de como foi quando seu pai morreu. A falta de emoção no rosto do irmão, sua insensibilidade com o que acontecia à sua volta, como se tudo fossa apenas um grande inconveniente.

E a máquina fotográfica. Por que levar a maldita máquina para o funeral? Ficou tirando fotos adoidado, uma atrás da outra. Aquilo lhe incomodou tanto que passou todo o cerimonial evitando olhar para o irmão.

Depois do enterro, ainda aquele rosto impávido, fleumático. Quando questionado o porquê de tanto desdém pelo pai, a resposta de seu irmão veio como uma citação: “Eu não amava, mas ansiava por amar”.Mais tarde descobriu se tratar de uma frase de Santo Agostinho, mas naquele momento, aquelas palavras soaram tão hediondas aos seus ouvidos que decidiu não mais falar com o irmão.

E tem sido assim desde então. O dia de hoje veio para mudar isso – pelo menos temporariamente. Tinha que ligar pro irmão, onde quer que ele estivesse – provavelmente em mais um país imundo da África onde as pessoas ficam se matando dia após dia.

Ao chegar a sua antiga casa, foi direto ao telefone. Queria se livrar logo daquilo. A conversa não foi das melhores. Nem tanto pela distância física da ligação, quanto pela distância psicológica – seu irmão passou a ligação inteira sem alterar seu tom de voz, monocórdio, enquanto ele se debulhava em lágrimas.

Ao final da ligação, sentiu-se pequeno. Pequeno e só.

Três dias depois, quando finalmente se encontram, a promessa feita ao final da ligação de não mais chorar na presença do irmão se esvai junto com suas lágrimas. Seu irmão tenta lhe consolar com uma fleuma que chega a lhe agredir. Quando não suporta mais a impassividade do irmão, começa a gritar com ele. Acusa-o de ter visto tanta morte, tanta desgraça, tanta merda nos países por onde viaja que não consegue sentir mais nada, nenhuma emoção. O irmão escuta tudo, de olhos fechados, sem falar nada. Quando termina de gritar, vê apenas o irmão abrir os olhos (tão sem vida quanto antes daquele show todo) e ir embora, calado.

No funeral, um déjà vu – seu irmão aparece acompanhado da câmera. Assim que avista o caixão, leva-a em direção ao olho e começa sua série interminável de fotos. Ele não se sente mais com força para tomar uma atitude a respeito – não depois do tanto que já havia chorado e ainda chorava. Resolveu apenas torcer para não ser capturado pela câmera de seu irmão.

No entanto, a raiva era tanta que não conseguia tirar o olho dele. Que absurdo, falta de respeito e insensibilidade frente ao momento, frente à dor das pessoas ali. Afinal de contas era a MÃE deles quem estava no caixão!

Então percebeu. Seu irmão, atrás da câmera, chorava. Quando tirava a câmera da frente, seu rosto continuava impassível, mas as lágrimas estavam lá. Sim, não era uma ilusão. Frente àquela cena, levantou-se e abraçou o irmão. Permaneceram assim, abraçados e sem trocar uma palavra, até o caixão ser enterrado e todos irem embora.

No dia seguinte, ao acordar, soube que seu irmão já havia retornado ao trabalho. Deixou-lhe um bilhete.

“Se há uma coisa que aprendi durante todos esses anos na minha linha de trabalho, foi que sou muito fraco. Não suporto a dor. Por isso evito senti-la. Descobri também que minha câmera é meu bem mais precioso, meu escudo, minha proteção da dor. Para mim, a dor é insuportável demais para ser vista diretamente pelos meus olhos”.

segunda-feira, abril 17, 2006

Segunda não é dia de bobó

- Foi você quem molhou o banheiro todo?
- Sim, saí do banho e molhei um pouco.
- Que bom! Então você deixou aqui tudo molhado pra outras pessoas apreciarem a merda que você fez?
- Estava me vestindo pra vir limpar.
- Sei...

...

- O que você ta fazendo?
- Enxugando o chão do banheiro.
- Com o paninho de chão!?
- Qual é o problema?
- O paninho de chão do banheiro não é pra enxugar o chão do banheiro!!!
- Não?
- Não! É pra usar um pano de chão lá fora!!!
- (Cara de ponto de interrogação)
- O que você ta esperando!?
- Pra que serve então o paninho de chão do banheiro?
- Não importa! O que importa é que não é pra usá-lo pra limpar o chão do banheiro!


*****************

- Amanhã vou fazer bobó de camarão pra gente comer.
- Legal! Faz tempo que você não faz bobó!
- Então ta marcado: amanhã a gente acorda às 6:00, vai ao mercado de São Pedro, em Niterói, compra o camarão e eu faço.
- Não posso ir amanhã de manhã lá. Fiquei de ajudar um amigo a se mudar amanhã de manhã.
- Hunf.
- Mas a gente vai lá à tarde e come à noite.
- Não.
- Ué, por que não?
- Jantar não é pra comer! É pra lanchar!
- A gente não pode fazer uma refeição à noite?
- Não! É pra lanchar!
- Ok. Comemos o bobó na segunda então.
- Não! Segunda não é dia de comer bobó!
- Hã?


OBS.: Os palavrões foram retirados do texto. Foi uma escolha editorial para facilitar a leitura e diminuir o texto (originalmente de 500 linhas). Obrigado.

terça-feira, abril 11, 2006

Eu sou um cara preguiçoso. Por natureza.

Por muitas vezes isso acabou me atrapalhando na vida, de uma forma ou de outra. Ainda atrapalha. Mas tem seu lado bom.

Por ser preguiçoso odeio fazer esforço, principalmente o desnecessário. Na verdade, odeio só o desnecessário - o necessário eu geralmente o faço com prazer.

Isso acabou me levando a desenvolver um senso prático grande (bom, tem funcionado pra mim... Mais ou menos...). Não há como evitar fazer alguma coisa da vida: trabalhar, estudar, namorar, se relacionar, fazer compras, etc. Tudo isso depende de um esforço para ser realizado.

Eu acabei prestando atenção a essas "tarefas" e percebendo o que era necessário ser feito ou não. Dessa forma, tornei as tarefas mais rápidas, menos trabalhosas e, em muitos casos, mais eficientes.

As exceções é que são legais! Como quando eu tinha 10 anos e decidi que escovar os dentes dava muito trabalho. Ficar com a escova pra frente e pra trás, pra um lado e pro outro, pra cima e pra baixo... Ainda por cima nas horas de maior lezeira: depois de acordar, depois do almoço e antes de dormir. Não podia continuar daquele jeito!

Após muita análise, resolvi que não mais mexeria minha mão. Mexer a cabeça, ao invés, me daria menos trabalho!

Resumo da história: passei quase uma semana tentando o novo método. Óbvio que não funcionou desde a primeira tentativa, mas eu tinha que insistir!

Só o que consegui foi ficar com dor de cabeça toda a vez que escovava os dentes...

segunda-feira, janeiro 02, 2006

You Can't Always Get What You Want

But If You Try Sometimes, You Just Might Find You Get What You Need!