All the lonely people
Where do they all come from?
Where do they all belong?
Lá está você de novo: a mesma rua, o mesmo dia nublado de nuvens esverdeadas carregadas de chuva. Dos dois lados da rua, casas com cercadinhos brancos saídos do subúrbio de “Edward Mãos de Tesoura”, gramados impecáveis e calçadas muito limpas e bem arrumadas.
As casas são as mesmas: primeiro aquela em forma de bola de futebol gigante – uma bola murcha, furada; em seguida uma formada por pequenas peças de lego, só que com várias peças faltando, parecendo frágil o suficiente para que seja preciso apenas uma leve brisa para derruba-la; depois uma casa que poderia ter sido desenhada por uma mistura de Mondrian com Picasso – Der Styhl e Cubismo unidos para formar uma aberração que um passeunte poderia confundir com uma pilha de destroços formada por traços retos e cores básicas; mais adiante uma casa apoiada nas costas de um homem (Atlas), ela é bem simples e arredondada, quase parecendo com um ovo.
Todas as casas estão lá como sempre estiveram. É certo que algumas delas são recém construídas, mas fazem parte do local como se sempre estivessem ali. Você também está bem certo que até você chegar ao final da rua, mais casa serão construídas e ficarão lá como se não pudesse ser de outra forma. Você não sabe direito de onde elas vêm, mas sabe que elas estão montadas em outra rua, esperando sua vez de virem para essa.
A chuva começa a cair. Aquela chuva de bílis, queimando a pele, mas não doendo (na verdade, a dor seria muito bem-vinda neste momento, uma companhia que ninguém poderia fazer melhor). Ao contrário do que se poderia pensar a pele não se desfaz. Para seu desespero, você fica intacto, fadado a observar o espetáculo de destruição que se passa.
As casas, todas, são completamente destruídas pela chuva – que queima, desmancha, desfaz casa por casa, não deixando nada em seu lugar a não ser a dolorosa lembrança de sua existência.
Where do they all come from?
Where do they all belong?
Lá está você de novo: a mesma rua, o mesmo dia nublado de nuvens esverdeadas carregadas de chuva. Dos dois lados da rua, casas com cercadinhos brancos saídos do subúrbio de “Edward Mãos de Tesoura”, gramados impecáveis e calçadas muito limpas e bem arrumadas.
As casas são as mesmas: primeiro aquela em forma de bola de futebol gigante – uma bola murcha, furada; em seguida uma formada por pequenas peças de lego, só que com várias peças faltando, parecendo frágil o suficiente para que seja preciso apenas uma leve brisa para derruba-la; depois uma casa que poderia ter sido desenhada por uma mistura de Mondrian com Picasso – Der Styhl e Cubismo unidos para formar uma aberração que um passeunte poderia confundir com uma pilha de destroços formada por traços retos e cores básicas; mais adiante uma casa apoiada nas costas de um homem (Atlas), ela é bem simples e arredondada, quase parecendo com um ovo.
Todas as casas estão lá como sempre estiveram. É certo que algumas delas são recém construídas, mas fazem parte do local como se sempre estivessem ali. Você também está bem certo que até você chegar ao final da rua, mais casa serão construídas e ficarão lá como se não pudesse ser de outra forma. Você não sabe direito de onde elas vêm, mas sabe que elas estão montadas em outra rua, esperando sua vez de virem para essa.
A chuva começa a cair. Aquela chuva de bílis, queimando a pele, mas não doendo (na verdade, a dor seria muito bem-vinda neste momento, uma companhia que ninguém poderia fazer melhor). Ao contrário do que se poderia pensar a pele não se desfaz. Para seu desespero, você fica intacto, fadado a observar o espetáculo de destruição que se passa.
As casas, todas, são completamente destruídas pela chuva – que queima, desmancha, desfaz casa por casa, não deixando nada em seu lugar a não ser a dolorosa lembrança de sua existência.
Lá está você de novo: a mesma rua, sendo destruída como em todas as vezes anteriores. Agora é esperar subitamente levantar da cama em um desesperado esforço para levar ar aos seus pulmões que gritam o silêncio de estar se afogando no seco. Mais um dia começa, mais uma noite por vir.
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