Um amigo conta que foi a Portugual e, num sábado, passou em frente a um restaurante que tinha gostado. Aproveitou e perguntou ao garçon se o restaurante fecharia no dia seguinte, domingo, pela noite. Ele queria levar uns amigos pra jantar lá.
Como a resposta foi negativa – “não, aos domingos não fechamos de noite” – ele voltou no dia seguinte com os amigos. E encontrou o restaurante fechado.
O que aconteceu? O garçon deu uma sacneada nele? Não, nada disso. O restaurante não abria aos domingos, então não tinha como fechar só pela noite.
Esses literalismos de nossos irmãos lusos estão na moda aqui em terra dos hermanos. Não sei se é má vontade, implicância, simples displicência ou todas as antoriores, só sei que os serviços por aqui são todos controlados por gente que só sabe viver no literalismo luso-porteño.
Como quando fui ao restaurante e, chegada a comida, perguntei se não haveria um molhinho para a carne. O garçon prontamente respondeu que sim. Estou esperando o tal molhinho chegar até agora.
Ontem fui comprar o presente de natal da metade-cara. Depois de entrar em várias lojas e ouvir uma série de “tenemos pero no hay”, achei uma loja que tinha E que havia o que eu queria. Escolhi o que queria, paguei e avisei ao caixa que era para presente.
O cara respondeu um “que bom, né?”, vulgo “troféu joinha pra você”, e colou um lacinho pré-fabricado na bolsinha vagabunda da loja na qual tinha tacado o tal presente.
Eu tentei insistir e repeti que era um presente. Ele me entregou a bolsa incrivelmente ornamentada com o lacinho com que falando “eu sei, tá aqui o presente” e me desejou boas festas.
Não posso dizer que desejei o mesmo para ele, mas posso afirmar que desejei que fosse pra...
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