segunda-feira, junho 06, 2005

TOC

Certo, você está se sentando no ônibus (ou metrô, ou cinema, ou, ou, ou) e percebe que na sua frente há uma mulher. Uma mulher de cabelo mediano. Uma mulher de cabelo mediano e preto. Uma mulher de cabelo grande e preto que veste uma camisa branca.

Entendeu o problema? Não. Bom, sorte a sua! Porque quem for como eu já está imaginando a cena por completo e se contorcendo de nervoso.

Essa mulher estará, claramente, cheia de cabelos soltos, em destaque contra a blusa branca. Todos aqueles cabelos ali, na sua frente, lhe afrontando como quem diz "ha-ha, você não me pega!". E você, ao alcance de um braço daqueles desgraçados, fica ali, impotente frente ao seu desconhecimento da dona-da-frente.

Pra piorar a situação eu aposto - APOSTO - que ela também deixou a etiqueta da camisa para fora! Argh!!!

Seu primeiro impulso, é claro, é meter o mãozão e resolver a situação. Mas não dá! O decoro e os valores da família brasileira não me permitem... Mas a mão ainda chega a poucos milímetros (milésimos de milímetros) da mulher.

Aí você fica ali naquel dilema, com as mão coçando, os olhos que não conseguem se fixar em outro lugar, sofrendo com aquela visão!

Particularmente, eu mudo de lugar. Tem gente que pede licença, avisa da situação, que tem sérios problemas psicológicos e pede pra pessoa resolver a questão. E tem outros que ataca e não quer nem saber. Deixa só me pegarem num dia que eu estiver da pá virada...

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