Ou o
ano da
bicha
Quando as pessoas me perguntam quantos anos eu tenho meu primeiro impulso é dizer 17 anos. Não sei o porquê, mas tenho a impressão de que é porque eu não senti o tempo passando nesses idos 7 anos de diferença.
Eu poderia dizer que é porque não aconteceu nada de importante neste ínterim, mas eu estaria me enganando. Eu sai do maldito CEFET, passei no vestibular, encontrei a mulher da minha vida, fiz novas amizades, acabei com antigas, engordei 20 quilos.
OK, tudo isso realmente aconteceu. Mas agora me parece tão irreal e sem importância. Fora o fato de ter conhecido minha metade-cara, que é algo importante e que ainda está acontecendo (e espero não acabe nunca), tudo foi muito rápido e indolor agora que eu penso a respeito.
Foi horrível o CEFET, um saco de chatice, demorou séculos pra passar e espero nunca mais ter que voltar lá, mas acabou. Já era. Moleza.
O vestibular não acabava nunca, eu nunca estudei tanto em toda a minha vida de vagabundo. Pressão, prova atrás de prova, adiamentos, espera e ansiedade. Acabou. Rapidinho. Nem doeu.
Amizades antigas se desfizeram com a mesma facilidade com que fiz novas. Pessoas legais. Todas elas. Eu recomendo. Mas acabou. Se foi. Novas estão aí. Por enquanto...
20 quilos vieram, não sei de onde, não sei por onde e nem como, mas tão aí. Daqui a pouco se vão. Espero. Se ninguém tivesse me apontado eu nem perceberia. Foi indolor.
Meu namoro-casamento dura. Esse dura. E deve durar muito tempo. Mais ainda assim não mudou minha idade.
Acho que cada coisa tem seu próprio andamento, sua própria velocidade relativa. Enquanto as coisas intermináveis se acabaram rapidinho e de forma tão indolor que nem me marcam mais, minha idade estacionou e está junto com meu namoro que tem quase 3 anos, mas ainda me sinto como se estivéssemos no primeiro (de tão gostoso que é).
Eu realmente vivi esses últimos 7 anos, fiz coisa pra caralho. Mas e daí? Eles ainda estão no meu 17º ano de vida. Talvez um dia eu mude de idade e tenha que pular uma caralhada de anos. Mas aí eu vejo o que faço...
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